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segunda-feira, 26 de março de 2018

As dez virtudes de uma mulher feliz


Referência: Provérbios 31.10-31
INTRODUÇÃO
1. A mulher foi criada à imagem e semelhança de Deus, para a glória de Deus e felicidade do homem. Ela é um presente de Deus, uma auxiliadora idônea para o homem, o centro dos seus afetos, a prioridade dos seus relacionamentos. Ela é a última a ser criada no universo, o mais belo poema de Deus, a coroa da criação!
2. Esse texto de Provérbios é um acróstico. Cada verso começa com uma letra do alfabeto Hebraico. É uma homenagem à mulher. Não poderia ter outro jeito mais sublime de concluir o livro de Provérbios. Esse texto nos fala sobre os dez atributos da mulher feliz.
I. ELA É PRECIOSA – V. 10
Essa mulher vale mais do que ouro. “A casa e os bens vêm como herança dos pais; mas do Senhor a esposa prudente” (Pv 19:14). “O que acha uma esposa acha o bem, e alcançou a benevolência do Senhor” (Pv 18:22).
Uma família pode ter riqueza, mas sem amor não há felicidade. Ninguém pode comprar o amor. O amor jamais está à venda. Essa mulher vale mais do que herança, mais do que riqueza, mais do que apartamento de luxo, mais do carro requintado. Mais do que bens materiais.
Comete terrível engano pensar que um bom partido para o casamento é apenas alguém que tem dinheiro. O dinheiro é bom, mas não faz ninguém feliz, mas um casamento onde há amor traz felicidade.
II. ELA É CONFIÁVEL – V. 11
Ela era fiel ao seu marido. Ele nunca teve motivos de desconfiança. Ela era transparente, honrada, de conduta irrepreensível. Ela podia dizer: “Eu sou do meu amado e o meu amado é meu”. Ela era um jardim fechado, uma fonte selada, uma esposa fiel.
Não há coisa mais desastrosa do que a infidelidade conjugal. É uma punhadalada nas costas. A infidelidade abre feridas no coração. Hoje 75% dos homens e 63% das mulheres são infiéis aos seus cônjuges.
Há muitos maridos quebrados e feridos pela infidelidade das esposas. Há muitas esposas machucadas pela infidelidade dos maridos.
Ela é confiável também na área das finanças. Essa mulher é uma hábil administradora. Ela sabe ganhar, economizar e investir da melhor forma o dinheiro. A área financeira é uma das que mais provocam contendas no casamento. Hoje há vários perigos na área financeira: 1) Gastar mais do que se ganha; 2) Querer ter um padrão mais alto do que se pode; 3) Estar insatisfeito com o que se tem; 4) Pensar que a felicidade está nas coisas e não na atitude do coração; 5) Contrair dívidas; 6) Comprar a prazo; 7) Comprar coisas desnecessárias; 8) Gastar o dinheiro naquilo que não satisfaz.
III. ELA É ABENÇOADORA – V. 12
Ela era um bálsamo, um refrigério na vida do marido. Ela era aliviadora de tensões. Uma amiga, uma confidente, uma auxiliadora idônea, uma consoladora.
Ela era estável emocionalmente. Não era uma mulher de veneta, que numa semana era romântica e noutra ranzinza. Num dia carinhosa e noutro rabujenta. Ela era uma bênção na vida dele e não um peso. Ela era refrigério para o marido e não amargura para a sua alma. Exemplo: Mary Todd Lincoln.
Ela era uma alavanca na vida do marido – v. 23 – O sucesso do marido é devido à influência da sua mulher. Ao lado de um grande homem sempre tem uma grande mulher. Ela colocava o seu marido para frente. Empurrava-o para o progresso. Seu marido desfrutava de um bom conceito na cidade e no trabalho, graças à magnífica influência da esposa. Tem homem que nunca progride na vida porque a esposa só puxa para trás. Só sabe criticar o marido. Só sabe desencorajá-lo.
O sucesso dessa mulher na vida profissional e familiar não é em detrimento da família – Essa mulher é elo de ligação da família. Ela como sábia construtura está edificando a sua casa. O marido e os filhos estão felizes. Nenhum sucesso profissional compensa o fracasso do seu casamento ou da sua família.
IV. ELA É TRABALHADORA 
Ela é boa dona de casa, é administradora hábil – v. 15 – Ela tinha servas (v. 15), mas estava envolvida com o bom andamento da casa. Ela controlava as atividades e a atmosfera do seu lar. É zelosa no cumprimento de seus deveres domésticos. É uma mulher presente no lar. Ela é administradora do lar. Ela gerencia o seu lar com sabedoria. Ela toma pé da situação.
Ela não é relaxada – v. 27 – Sua casa anda em ordem. Sua casa não é uma marafunda, uma bagunça, uma anarquia. Sua casa anda na mais perfeita ordem. Pode chegar visita a qualquer hora que ela não fica corada de vergonha.
Ela não come o pão da preguiça – 27 – Ficamos cansados só de alistar as atividades dessa mulher. Ela não era mulher de ficar dormindo o dia todo, batendo perna na rua o dia todo, visitando vitrine o dia todo. Talvez o problema da maioria das mulheres hoje não é a ociosidade, mas a correria. Como ter tantas atividades fora do lar e ainda cuidar do bom andamento da sua casa?
Ela tem visão de negócios – Ela é adestrada na costura (v. 13), ela vai buscar alimento para sustento da casa (v. 14). Ela trabalha e tem lucro. Ela trabalha diuturnamente (v. 18-19). Ela produz (v. 24). Ela vende, comercializa, tem expediente, não é dependente, não é parasita.
V. ELA É PREVIDENTE – V. 21 E 25B
Ela é organizada – v. 21 – Ela não deixa as coisas para a última hora. Ela tem um programa. Ela antecipa as coisas. Antes de chegar o inverno, ela já prepara para sua família as roupas próprias. Essa mulher tem uma agenda e ela sabe administrar bem o seu tempo. Ela tem tempo para Deus (v. 30); tempo para o marido (v. 12); tempo para os seus filhos (v. 28); tempo para o seu próximo (v. 20); e tempo para si mesma (v. 22). E tudo isso contribuiu para o bom andamento do seu lar.
Ela não é ansiosa – v. 25b – Ela não vive choramingando. Não vive antecipando problemas, mas soluções. Não vive amedrontada pelo amanhã. Ela não deixa de viver hoje com medo do amanhã. A ansiedade vê o que não existe, aumenta o que existe e diminui você diante das dificuldades.
VI. ELA É GENEROSA – V. 20
Ela tem o coração sensível e as mãos abertas – Ela não era uma mulher egoísta. Ela é sensível às necessidades dos outros. Ela é caridosa. Ela é ajudadora dos pobres. Seu dinheiro e seus bens não são apenas para ser acumulados, mas distribuídos com generosidade. Ela não se preocupa apenas com a sua família, mas com os que sofrem ao seu redor. Essa mulher não é sovina, mesquinha, avarenta. Exemplo: Minha mãe ao fazer compra de roupas e alimentos comprava para os pobres.
Há muitas pessoas gostando grandes somas de dinheiro num vestido, numa bolsa, num sapato, num adorno – enquanto há pessoas famintas ao seu redor, precisando de comer um prato de arroz com feijão.
Hoje gastamos mais com cosméticos e com futilidades do que com o Reino de Deus e com o próximo.
Essa mulher cuida do marido, dos filhos, da casa, dos negócios e do próximo e faz tudo isso de bom grado (v. 13).
VII. ELA É ELEGANTE – V. 17, 22B
Ela cuidava do seu corpo, fazia ginástica – v. 17 – Ela cuida do corpo. “Ela cinge os seus lombos de força, e fortalece os seus braços.” Ela cuida da sua saúde. Ela tem uma correta auto-estima. Ela se mantém em boa forma. Ela tem tempo para ela mesma para cuidar da sua saúde, da sua forma. Ela não é uma mulher relaxada com a sua apresentação pessoal. Ela não era uma mulher flácida, relaxada com o seu aspecto físico.
Ela se veste com elegância – v. 22b – Ela tem amor próprio. Ela reconhece o seu próprio valor. Ela se preocupa com sua aparência pessoal, com sua apresentação. Ela tem bom gosto para se vestir. Sabe se apresentar em qualquer ambiente. Anda alinhada. Anda na moda. Veste-se com decência, com bom gosto. Mulher, cuide de sua aparência. Isso é importante para a sua auto-imagem e para a sua outro-imagem, o seu marido. Nenhum marido gosta de ter uma esposa relaxada com seu corpo e na sua forma de se vestir.
VIII. ELA É EDUCADORA – V. 26
Ela é uma conselheira sábia – Ela olha para a vida na perspectiva de Deus. Ela enxerga pela ótica de Deus. Ela passa uma visão correta da vida para os seus filhos. Como precisamos de mães conselheiras. Ilustração O GUARDA DAS FONTES de Peter Marshall.
Ela é uma conselheira bondosa – A sua língua é uma fonte de bons conselhos, fala com ternura, com graça; não há rancor, não há insensatez nas suas palavras. É prudente e bondosa no falar. Fala a verdade em amor. É mãe conselheira. Exemplo: Abraão Lincoln “As mãos que embalam o berço, governam o mundo”. “Quem tem uma mãe piedosa, nunca é pobre”.
Ela tem tempo para os filhos e sabe ouvir os filhos – Precisamos priorizar os filhos. Precisamos ouvi-los sem censura, sem crítica. Precisamos manter o canal de comunicação aberto. Precisamos fazer do nosso lugar um lugar de cura, de apoio, de ajuda. Ilustração: NÃO SE ESQUEÇA DO PRINCIPAL – A mulher que ouviu a voz misteriosa na caverna: Entre a apanhe tudo que puder, mas não se esqueça do principal.
Ela não provocava seus filhos à ira – Ela sabia dosar correção com encorajamento. Há mães que só cobram. Os filhos nunca conseguem satisfazer suas exigências. Se tira 9,0 na prova de matemática, diz: “deveria ter tirado dez”. Há mães que esvaziam a bola dos filhos.
IX. ELA É PIEDOSA – V. 25 a 30
É uma mulher de vida moral irrepreensível – v. 25 – Força e dignidade são os seus atavios. É uma mulher de fibra, que tem raça, determinação. Ela tem um nome honrado, uma conduta digna, uma vida limpa, um comportamento irrepreensível.
Ela reconhece que sua maior beleza não é física, mas espiritual – v. 30 – Mulher que só pensa em academia, em ginástica, em butique, em salão de cabeleireiro, em cosméticos, em jóias, em roupas caras, em aparência é mulher fútil, superficial, vazia, oca. 1 Ped 3:3-5 fala que a beleza da mulher deve ser um espírito manso e tranquilo. A beleza interna deve ser maior do que a beleza externa.
A maior glória desta mulher é andar com Deus – É temer a Deus. É levar Deus a sério. É ser serva. É andar em sintonia com o Senhor. A beleza passa, mas o temor do Senhor permanece para sempre.
X. ELA É ELOGIADA – 28-31
Ela é elogiada pelo marido – v. 28-29 – Ela investe no marido e tem retorno garantido. Seu marido a considera a melhor mulher do mundo. Ela é superlativa. Ele prodigaliza os mais efusivos elogios a ela. Ele a admira. Ele proclama para seus amigos a bênção superlativa que é a sua esposa na sua vida. Essa mulher é bem amada. Essa mulher tem o coração do seu marido.
Ela é elogiada pelos filhos – v. 28 – Ela não tem preferência por um filho em prejuízo de outro (Rebeca). TODOS os seus filhos a chamam de ditosa, de uma mulher feliz. Todos reconhecem que ela está colhendo o que semeou: a felicidade! Seus filhos podem dizer que você, mãe, é uma mulher feliz? Seus filhos, podem dizer que você é uma mulher bem amada?
Ela é elogiada pelas suas obras – v. 31 – Quem semeia bondade, quem planta a generosidade, quem cultiva a virtude; quem investe a vida para fazer a vontade de Deus, colhe os frutos doces da alegria, da felicidade, e da gratidão.
Ela é elogiada por Deus – v. 30 – Deus a exalta, a promove. Essa mulher tem reconhecimento não apenas na terra, mas também no céu.
CONCLUSÃO
Esta mulher tem tempo para Deus, para o marido, para os filhos, para os necessitados, para si mesma. Sua vida é vivida no centro da vontade de Deus. Por isso Deus a chama de preciosa. Seus filhos a cham de ditosa, feliz. Seu marido diz que ela é a melhor mulher do mundo. Suas obras a louvam de público.
Querida irmã, você gostaria de imitar essa mulher como mulher, serva de Deus, esposa e mãe?
Victor Hugo, o mais famoso poeta romântico da França, que viveu no século XIX compôs um dos mais belos poemas sobre a grandeza da mulher:
O HOMEM E A MULHER
O homem é a mais elevada das criaturas
A mulher é o mais sublime dos ideais.
Deus fez para o homem um trono, para a mulher um altar.
O trono exalta, o altar santifica.
O homem é o cérebro, a mulher o coração.
O cérebro produz a luz, o coração produz o amor.
A luz fecunda, o amor ressuscita.
O homem é gênio, a mulher é o anjo.
O gênio é imensurável, a mulher é indefinível.
A aspiração do homem é a suprema glória,
A aspiração da mulher é a virtude extrema.
A glória promove a grandeza, a virtude conduz à divindade.
O homem tem a supremacia, a mulher a preferência.
A supremacia significa a força, a preferência representa o direito.
O homem é forte pela razão, a mulher invencível pelas lágrimas.
A razão convence, as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos, a mulher, de todos os martírios.
O heroísmo nobilita, o martírio sublima.
O homem é o código, a mulher o evangelho.
O homem é a águia que voa, a mulher o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço, cantar é conquistar a alma.
O homem tem um fanal, a consciência;
A mulher tem uma estrela, a esperança.
O fanal guia, a esperança salva.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra.
E a mulher, onde começa o céu.

Esperança para o cristão descontente

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por Phillip Holmes

Exteriormente, Chloe parece ter tudo resolvido. Ela é solteira, tem uma carreira boa e é bastante ativa em sua igreja local. Mas ela está sozinha, desencantada com sua carreira e sente-se separada da sua igreja. A casca que seus pares admiraram esconde seu descontentamento e seu cristianismo sem alegria.
Chloe tinha imaginado uma vida diferente para si mesma. Até agora, ela pensou que estaria no seu auge, mas encontra-se em um poço de miséria. Ela pensou que iria se casar, ainda estaria ligada a seus amigos da faculdade, criaria uma família e mentoraria mulheres cristãs mais jovens. Mas sua realidade presente decepciona suas expectativas. Seu descontentamento levou-a por um caminho escuro do pecado, buscando por alívio, mas só encontrando a morte.
A única esperança de Chloe para curar o seu descontentamento e infelicidade é aprender a arte do contentamento e abraçar uma visão bíblica sobre Deus. Essas duas coisas são essenciais para a sua alegria.

Não é você, sou eu

Chloe representa muitos cristãos lutando para lidar com a mão que cuida deles. A condição do seu  coração não se aplica apenas para os solteiros, mas para casados também. Todas as manhãs, cristãos em todo o país acordam descontentes com a vida – em relação a sua solteirice, ao casamento, à carreira, à igreja ou comunidade – e gostariam de trocá-la por uma vida diferente.
O nosso descontentamento leva a ilusões sem esperança (e às vezes suicidas). Nós tentamos substituir e eliminar qualquer coisa que esteja ligada ao nosso descontentamento:
  • “Eu odeio ser solteira, então eu deveria arrumar alguém logo.”
  • “Minha esposa não me satisfaz, então eu deveria arrumar uma nova.”
  • “Meu trabalho não está me completando, então eu deveria me demitir.”
  • “Minha igreja não é emocionante, então eu deveria sair.”
  • “A vida é cheia de miséria, então eu deveria acabar com ela.”
  • “Deus não me faz feliz, então eu deveria rejeitá-lo.”
No entanto, o problema não está na solteirice, no casamento, no trabalho, na igreja, ou em Deus. A resposta para o nosso problema nem sempre está ligada à mudança de nossa circunstância. O puritano, Jeremiah Burroughs, escreveu:
É um ditado comum de que existem muitas pessoas que não estão bem nem quando estão cheias, nem quando estão jejuando…  Há algumas pessoas que tem disposições tão irritáveis e desagradáveis que não importa em que condições elas são colocadas, são sempre antipáticas. Há alguns que têm corações desagradáveis, e eles são desagradáveis em todas as circunstâncias que encontram.
Doente ou saudável, solteiro ou casado, rico ou pobre, frutífera ou estéril, com fome ou fartos – independentemente da circunstância – podemos encontrar uma maneira de estar descontentes, independentemente da nossa situação na vida. O coração humano é impossível de satisfazer com condições temporais ou bens terrenos. Queremos sempre mais. A vida poderia ser sempre melhor. Como Charles Haddon Spurgeon justamente salientou, “lembre-se de que o contentamento de um homem está em sua mente, não na extensão de suas 
posses. Alexandre, com todo o mundo a seus pés, chora por um outro mundo para conquistar. ” No entanto, há uma maneira melhor – um caminho que leva à satisfação doce e à verdadeira felicidade.

Contentamento doce

A infelicidade do cristão, o descontentamento e a forma como vemos a Deus estão diretamente ligados. Descontentamento grita: “Você merece o melhor!” e sussurra: “Deus não está dando o que você merece.” Esses gritos são obviamente falsos, mas o último sussurro é profundamente verdadeiro. Satanás é o mestre da mistura de mentiras com verdades.
É uma mentira que você merece algo melhor. Essa declaração assume que você sabe o que é melhor e que os dons de Deus não são os melhores para você. A mentira leva a acreditar que você é mais sábio do que Deus e interpreta a direção de Deus para a sua vida como um ataque ao invés de um presente e misericórdia.
É verdade que Deus não está dando o que você merece. Nós merecemos a ira de Deus, mas diariamente recebemos novas graças. Como pode a doença, sofrimento, e outras tragédias serem consideradas misericórdias? Ao perceber que todas as manhãs nós não acordamos no inferno é um exemplo da misericórdia de Deus para conosco. Mesmo quando estamos sentindo o nosso pior, Deus está nos mostrando mais misericórdia do que merecemos. Não há calamidade ou tragédia que possamos enfrentar que seja pior do que a ira santa de Deus. Ao mesmo tempo, não há prazer terreno que possa se comparar com a glória que há de ser revelada. É assim que o apóstolo Paulo enfrentou o sofrimento: “Porque eu considero que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória que há de ser revelada a nós.”
Com isto em mente, mesmo em nosso pior dia, Deus é digno de ação de graças e louvor por tudo que fez. Ou como se costuma dizer na igreja: “Se Deus nunca fizer outra coisa por nós, Ele já fez o suficiente.” Este ponto de vista da bondade de Deus reflete um coração humilde diante de um Deus santo e bom. Essa perspectiva permite-nos sofrer bem, sabendo que o melhor ainda está por vir.
Mas podemos ir ainda mais longe. À medida que lutamos diariamente contra o descontentamento, devemos interpretar tudo o que vem a nós como um motivo para se alegrar. Mais uma vez, Burroughs escreve:
Tenha bons pensamentos de Deus e faça boas interpretações de seus planos para você. É muito difícil viver confortavelmente e alegremente entre amigos quando se faz interpretações duras das palavras e ações dos outros. A única maneira de manter o contentamento doce e o conforto nas sociedades cristãs é fazer as melhores interpretações das coisas. Da mesma forma, a principal maneira de ajudar a manter o conforto e satisfação em nossos corações é fazer boas interpretações dos feitos de Deus para nós.
Imagine se nós realmente acreditássemos no que a Bíblia diz sobre como Deus nos vê. Isso transformaria a maneira como interpretamos todas as ações de Deus, vendo-as como misericórdias. Eu sei que no meio das minhas batalhas com o descontentamento e com os pecados que nos assediam, é difícil ver o que está acontecendo nas nossas vidas como nada além de uma condenação e punição.

Misericórdias de Deus, nossa alegria

Como Chloe, a nossa insatisfação com a vida, inevitavelmente, nos leva a um ciclo de descontentamento, pecado, culpa e depressão, se não for devidamente controlada. Descontentamento acabará por levar ao pecado, o pecado à culpa, a culpa à depressão, e a depressão de volta ao descontentamento. Este ciclo lentamente destrói tudo o que encontramos e tocamos, deixando-nos sem alegria e vazios. A fim de quebrar este ciclo mortal, a busca da alegria é essencial. Tiago 1: 2-4 complementa as palavras de Burroughs:
Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.
Se nós alegremente interpretarmos tudo o que acontece – doença, morte, perda, pobreza – como ações de misericórdia em vez de julgamento, isso transformará a nossa forma de viver como cristãos. Devemos olhar para a inerrante Palavra de Deus para encontrar o conforto de que Ele realmente nos ama e faz o bem para nós. A Escritura diz:
  1. É Deus quem nos ajuda, por isso não temos nada a temer. (Isaías 41:13)
  2. O amor de Deus é apresentado e comprovado por Ele ter enviado seu Filho para morrer por nossos pecados. (1 João 4:10)
  3. Nada pode nos separar do amor de Deus – absolutamente nada. (Romanos 8: 35-39)
  4. Deus nos ama com um amor eterno. (Jeremias 31: 3)
  5. Jesus nos ama com o mesmo amor que o Pai o ama. (João 15: 9)
Jesus, Filho unigênito de Deus, era um homem de dores (Is 53: 3). Ele foi desprezado e rejeitado pelos homens, sofreu e morreu por crimes dos quais era inocente, e sofreu ao máximo a ira de Deus pelos pecados que nunca cometeu. Deus ordenou tudo isso. Por quê? Porque Deus nos ama (João 3:16). E porque Ele nos ama, devemos esperar sofrimento nesta vida, como Cristo sofreu, porque “nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado. (Romanos 5: 3-5).
Mas graças a Deus, “Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo” (2 Coríntios 1: 5). Nossa capacidade de interpretar as ações de Deus em relação a nós como boas está inevitavelmente ligada à nossa satisfação e alegria. Se não podemos ver sua providência como boa, nós nunca estaremos contentes, e sem contentamento, nunca iremos conhecer plenamente a alegria que Ele tem para nós.
http://reforma21.org/artigos/esperanca-para-o-cristao-descontente.html
Traduzido por Kimberly Anastacio | Reforma21.org | Original aqui
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O ponto verde.


Avshalom Kapach


Nas fotos aéreas e de satélite, o Oriente Médio aparece com cores amareladas e avermelhadas, destacando-se um ponto verde em seu interior. Esse ponto verde não é um oásis natural, pois até meados do século 20 ele também era uma área deserta, assim como a região ao seu redor. Foi através da determinação e da fé de pessoas, que há mais de cem anos voltaram à sua pátria, que esse ponto começou a aparecer no mapa.
Os campos verdes, as plantações, os olivais, as vinhas e as estufas ampliadas transformaram o amarelo em verde.
Atualmente, o contorno de Israel pode ser reconhecido facilmente desde o espaço. As matas verdes, as lavouras, as cidades e a infraestrutura diferenciam Israel dos países árabes. No lado israelense da fronteira do Sinai com o Egito, o deserto está florido. Os campos verdes, as plantações, os olivais, as vinhas e as estufas ampliadas transformaram o amarelo em verde. No lado egípcio, jordaniano e sírio permanece a natureza totalmente seca e deserta.
Através da história, as guerras religiosas causaram a devastação dessa região. Há milhares de anos, as pessoas ficavam ali para cultivar a terra. A agricultura obrigava que as pessoas permanecessem morando na região, e assim se desenvolveram as vilas, cidades, países e culturas. Entre essas e à margem do desenvolvimento cultural, no entanto, também viviam os nômades, que não abriam mão da liberdade de se movimentarem de um lugar para o outro. Na Europa se estabeleceu uma nova cultura, trazida pelo Império Romano, com a implantação de estradas e monumentos. O Império Romano unificou as mais diferentes sociedades em seus domínios. Os bárbaros e as tribos nômades viviam fora das fronteiras culturais e, com alguma frequência, realizavam incursões para saquear em áreas do Império Romano. Eles queriam aproveitar o novo mundo, porém, sem se integrarem na sua vida cultural. O que finalmente causou a derrocada da civilização ocidental romana foi a complacência e a incapacidade dos seus líderes em barrar a “onda de imigrações” que ameaçava a vida pública e o sistema de leis da sociedade.
No Oriente Médio, na Mesopotâmia, desenvolveu-se uma cultura tecnológica. No Egito, houve o desenvolvimento agrícola. Entre essas duas culturas mundiais históricas ficava essa pequena faixa de terra, limitada ao oeste pelo Mar Mediterrâneo e, ao sul, leste e norte, pelo deserto. No período bíblico, surgiram os reinos de Israel nessa faixa de terra. Naquela época, o povo de Israel sofria muito com os saques realizados pelos povos estrangeiros. A Bíblia relata de Gideão, que desejava pôr um fim aos saques efetuados pelos midianitas e outros povos das áreas desérticas. Gideão derrotou os invasores vindos do deserto. No decorrer da era bíblica, os reis definiram as fronteiras dos países.

O povo de Israel cuidou de suas terras, ao contrário das nações árabes ao redor. Estas investem mais em tentativas de eliminar Israel. Com os recursos provenientes do comércio de petróleo, os países árabes certamente teriam condições para implantar irrigação e para proporcionar o cultivo de suas regiões áridas.
Até o início do século 20, a maior parte da área de Israel era deserta. Durante a primavera, as tribos do deserto e os nômades mantinham-se próximos a Erez, em Israel ou na Síria. No outono e no inverno, eles ficavam na região deserta da Arábia Saudita. Após a declaração do Estado de Israel, seus cidadãos se concentraram em recuperar o deserto. Fé, cultura, economia e tecnologia afastaram o estado deserto e pintaram um ponto verde dentro de um contorno amarelo. O povo de Israel cuidou de suas terras, ao contrário das nações árabes ao redor. Estas investem mais em tentativas de eliminar Israel. Com os recursos provenientes do comércio de petróleo, os países árabes certamente teriam condições para implantar irrigação e para proporcionar o cultivo de suas regiões áridas.
Os palestinos receberam mais de US$ 20 bilhões dos países ocidentais. Os recursos, ou desapareceram em canais obscuros, ou foram empregadas para a propaganda e para a guerra contra Israel.
Em 1996, os palestinos perderam a grande chance, ao lado de Israel, de estabelecer um novo sistema econômico baseado em novos princípios sociais. Os Estados Unidos e a União Europeia investiram mais dinheiro para a autonomia palestina do que foi investido na Europa, após a Segunda Guerra Mundial. De acordo com dados do Ministério do Exterior israelense, somente em 25 anos, até 2013, os palestinos receberam mais de US$ 20 bilhões dos países ocidentais. Os recursos levantados pelos doadores ocidentais, ou desapareceram em canais obscuros, ou foram empregadas para a propaganda e para a guerra contra Israel. Também na superfície o conflito mostra sua face: terra cultivada contra deserto. Duas visões de mundo impossíveis de serem unificadas, tanto hoje como naquela época. — Avshalom Kapach (israeltoday.co.il)

http://www.chamada.com.br/mensagens/ponto_verde.html