Pesquisa no blog

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

A Verdadeira Alegria e o Sentido da Vida

Resultado de imagem para A Verdadeira Alegria e o Sentido da Vida



Thomas Lieth
Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer” (Ec 12.1).
Paulo nos conclama em Filipenses 4.4: “Alegrai-vos sempre no Senhor; mais uma vez vos digo: alegrai-vos!”. Essa alegria verdadeira, não passageira, constante e permanente, está fundamentada na fé na ressurreição de Jesus Cristo. É claro que existe uma diferença gritante entre as alegrias do homem ímpio e a alegria de alguém que crê em Jesus Cristo. O livro de Eclesiastes, que fala repetidamente no gozo da vida, nos exorta a pensar que Deus vai chamar cada um de nós à responsabilidade. “Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas” (Ec 11.9).
Como o Senhor vai exigir prestação de contas de tudo o que fazemos, deveríamos sentir um grande e profundo temor a Deus. Podemos e devemos nos alegrar em nossa juventude. Podemos ser felizes e devemos nos alegrar até quando ficarmos velhos. Podemos e devemos curtir a vida. Mas Deus nos cobrará satisfação de tudo! Essa prestação de contas a Deus não deveria diminuir nossa alegria. Deveria torná-la mais profunda e ainda mais significativa. Deveria nos estimular a buscar a alegria verdadeira, real e perene. Encontramos essa alegria legítima unicamente no Senhor.
Olhando a natureza, percebemos que Deus tem por princípio nos proporcionar alegria. A natureza é cheia de beleza e encanto. Deus nos equipou, por exemplo, para sentirmos o sabor dos alimentos. Por que será? Se a comida servisse apenas para não morrermos de fome, esse sentido seria completamente supérfluo. Deus nos deu o sentido do sabor para nos deliciarmos com o que comemos, para termos prazer com os alimentos que Ele nos dá. Ele nos concedeu o sentido do olfato para percebermos o perfume das flores. Deu-nos o tato para sentir o carinho de um toque afetuoso. A Criação toda é cheia de fontes de alegria. Parece feita para proporcionar alegria aos homens. Infelizmente, o pecado entrou no mundo e deixou para trás apenas uma cópia barata do que Deus havia planejado originalmente para suas criaturas. Como será glorioso quando Deus nos reconduzir de volta às nossas origens, de volta aos Seus planos originais!
A Bíblia, e com ela o próprio Deus, quer nos conduzir à alegria, uma alegria sem egoísmo, uma alegria que não se regozija quando o outro passa mal, que não nutre inveja nem ciúmes. Essa alegria verdadeira não se mantém à custa dos outros, não despreza a Deus mas, antes de tudo, se alegra no Senhor. Essa alegria dos filhos de Deus alegra o coração do Senhor e os corações dos que estão ao redor deles. Essa alegria que vem de um coração sincero, limpo e puro é uma alegria que o homem natural é completamente incapaz de ter. Por isso, Paulo disse aos cristãos daquela época: “Alegrem-se no Senhor!”. E essa ordem continua válida!
Essa alegria que vem de um coração sincero, limpo e puro é uma alegria que o homem natural é completamente incapaz de ter.
Tudo o que os homens fazem, deixam de fazer, sentem ou deixam de sentir está permeado pelo pecado. Mesmo nossas boas obras estão maculadas pelo mal se não forem inteiramente feitas em Jesus Cristo, exclusivamente por amor a Ele. Não basta dizer que cremos na Pessoa de Jesus. Muitos fazem isso, mas pensam em um Jesus meio mitológico, um bom exemplo de homem santo ou um milagreiro poderoso. Mas a fé verdadeira, aquela fé que produz a alegria que não vai embora mesmo quando vêm as lutas, quando nossa vida é sacudida e chacoalhada, é a fé baseada na ressurreição de Jesus Cristo. Para ter a alegria legítima que a Bíblia ensina é preciso crer em Jesus, e crer que Ele está vivo!
Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram” (1 Co 15.14,17-18). Em outras palavras, se Jesus Cristo não ressuscitou de verdade, então a nossa fé cristã é o maior logro. Sem a ressurreição de Jesus Cristo não teria havido nunca o perdão dos nossos pecados. Se você acredita em um Jesus histórico, apenas crê que Ele fez milagres e chegou a morrer no Calvário, se você somente crê que Jesus foi uma pessoa especial, um homem bom, talvez até com atributos divinos, e mesmo que você siga Seu exemplo de vida, molde sua vida aos valores que Ele ensinou, pratique o bem, ajude o seu próximo e baseie sua moral e sua ética superiores nos ensinamentos de Jesus, se você não crer na ressurreição literal dEle e não acreditar que Ele realmente ressurgiu de entre os mortos, tudo que você fizer não terá valor algum. Aos olhos de Deus, suas boas obras não serão apenas supérfluas; serão erradas e más! Deus não se interessa nem um pouco se você fez coisas maravilhosas, se você teve muitas realizações na vida, salvou animais, fez pão para os pobres, ajudou as velhinhas a atravessar a rua ou trocou muitas fraldas de bebês. Sem crer em Jesus Cristo e em Sua ressurreição dentre os mortos, todo o seu ativismo não serve para nada. Tudo o que você fez é tão inútil como levar uma pá de areia ao deserto do Saara. No final, você será um descrente crédulo sem encontrar a verdadeira felicidade.
Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (1 Co 15.19). Muita gente tem fé, mas é uma fé limitada a este mundo e às coisas desta vida. Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, quer que entendamos que nossa fé precisa, antes de tudo, estar centrada e embasada na ressurreição. Essa será uma fé ancorada na eternidade. Essa fé é a fonte da alegria genuína e pura, verdadeira e real, que não passa nunca e que dá sentido à vida. Se a fé em Jesus se limitasse a esta vida, teríamos de nos perguntar que proveito ela nos traz. Os cristãos, em geral, passam pelos mesmos problemas que os ateus ou pessoas de outras crenças. Crentes em Jesus também adoecem e morrem. Se eu me deitar por uma hora no sol intenso, terei uma insolação igual a qualquer descrente. Se cair numa poça de lama me sujarei como qualquer hindu. Cristãos que não acreditam numa ressurreição real, que aconteceu de fato, são pobres miseráveis e sua fé é morta. Não têm motivo para se alegrar.
Em Eclesiastes 11.10-12.8 Salomão nos dá o conselho de nos mantermos longe de tudo o que é mau e que traz tristeza ao nosso coração, pois tudo seria vaidade. Ele nos incentiva a pensar em Deus nos dias da nossa mocidade, antes que venham os dias maus que não nos agradam. Esses dias maus são descritos por meio de diversas imagens e ilustrações que exemplificam o processo de envelhecimento até chegar à morte. Portanto, não basta saber que existe um Deus. Eu preciso de um Salvador! Preciso aceitá-lO como meu Salvador e Senhor. Saber, apenas saber, não basta. Se eu souber que um banco de praça foi recém-pintado e me sentar nele, ficarei sujo de tinta. Saber é importante, mas o mais importante é agir de acordo com o que sabemos. Devo conhecer a Deus e agradar a Ele, vivendo do jeito que Ele aprova. Todo o livro de Eclesiastes mostra sem rodeios que uma vida, da juventude à velhice, que tem somente a perspectiva terrena é uma vida sem sentido. Não importa a sabedoria, a riqueza, a felicidade, a beleza ou o prazer - tudo é passageiro, tudo é vão. Quando alguém parte desta terra não leva nada disso consigo. Tudo fica para trás. Salomão, obviamente inspirado por Deus, nos alerta a vivermos uma vida com Deus enquanto ainda somos jovens, começando o mais cedo possível. Pois quanto mais esperamos, mais difícil será! Quanto mais velha a pessoa vai ficando sem ser nascida de novo, mais endurecido torna-se seu coração.
O resumo de tudo é o temor a Deus. Tudo que importa e que traz a verdadeira felicidade é temer ao Senhor Deus! “De tudo que se tem ouvido, a suma é: teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem” (Ec 12.13). “Bom é que retenhas isto e também daquilo não retires a mão; pois quem teme a Deus de tudo isto sai ileso” (Ec 7.18).
Satan
O que significa temer a Deus? Para cristãos, não para aqueles apenas nominais, mas para os verdadeiros renascidos que seguem a Jesus sem questionar, só existe um tipo de temor. Vejamos:
Sabemos que não precisamos temer aos homens.
Romanos 8.31-39 é um texto maravilhoso sobre o temor a Deus, que devemos ter, e o temor aos homens, que não precisamos nem devemos ter: “Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais do que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do provir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”. O amor de Deus está em Cristo, e Cristo está vivo!
Não precisamos temer a Satanás, pois nosso Salvador Jesus o venceu! Na cruz do Calvário tomou dele todo o seu poder sobre nós.
Para nós, cristãos, só existe um único temor, que é o temor a Deus. Temor no sentido de honrar a Ele, sabendo de Sua santidade, pureza e justiça. Temor a Deus é um temor sábio, o primeiro passo para o caminho certo, que conduz para o alvo, e o alvo é Cristo! Com o verdadeiro temor em nossos corações poderemos chegar diante do Senhor (veja Pv 1.7). Esse é o temor que leva à alegria e que dá sentido à vida! (Thomas Lieth — Chamada.com.br)

A Habitual Batalha Contra a Amargura (1)

Resultado de imagem para amargura



por Eric Davis

É inevitável. As pessoas vão nos machucar. Até mesmo aquelas próximas a você. Na verdade, talvez especialmente aquelas próximas a você.
Com cada ferida, há o potencial para despertar o monstro da amargura. Ele tem um sono leve. E ele é mais inteligente do que pensamos. Até uma pequena briga no relacionamento é suficiente para despertá-lo para a ação. Não devemos subestimá-lo.
Amargura: ferida causada tanto por ofensa real ou apenas aparente, que passa sem ser checada, e é permitida a continuar devido à falha de aplicação dos princípios bíblicos e meditação sobre a ofensa, resultando em ódio e ressentimento.
Amargura é a cura rápida da carne. Lidar biblicamente com o conflito e com as feridas se torna muito trabalhoso. Então, como um traficante espiritual, amargura oferece uma rápida sensação de “estar alto”. Mas, apesar de ela oferecer isso por um momento, ela te destroi com o tempo.
Com certeza, feridas reais ocorrem muito mais do que frequentemente por meio de atrocidades como abuso e atos criminosos. Nesses casos, a luta contra a amargura pode ser torturante. Até mesmo e especialmente nesses casos, Deus estende sua confortante e transformadora graça para a maior ferida da vida. (Gn 50:20)
Mas frequentemente, amargura se desliza e é semeada em milhares de momentos menores e em lutas na nossa vida habitual. Por essa razão, devemos estar em guarda. Cristão, temos que resistir a isso. E nos arrepender. A amargura é uma assassina.
Aqui estão algumas poucas maneiras que me ajudaram em minhas próprias batalhas contra a amargura:
  1. Não subestime o poder da amargura
Me assusta quão facilmente a amargura invade o meu coração. E igualmente assustador é a quantidade de pessoas que em suas lutas da vida diária dizem: “Ah, eu não estou amargurado, eu só estou tendo um pouco de dificuldade”. Nenhum de nós está acima disso.
E eu acho que nós pastores estamos especialmente sujeitos a isso, porque nós estamos, por chamado e mandamento, muito envolvidos em relacionamentos. Ah, e assim como  todo mundo, somos pecadores.
Se você é parecido comigo em algumas situações, nós vamos dizer, “Eu não estou amargurado, só estou tendo um pouco de dificuldade”. Talvez. No entanto, “um pouco de dificuldade” no surgimento de um conflito relacional é geralmente amargura residual. E, mesmo se tivermos aceitado um pedido de desculpas ou tivessemos prometido perdão, é possível que a amargura ainda esteja em nosso meio.
Sinais óbvios da amargura incluem odiar alguém em nossos corações, difamações, vingança, e injustamente cortar alguém de seus relacionamentos. Considere  diagnosticar a possibilidade de menos amargura. Você continua insistindo com a pessoa/incidente de um jeito desfavorável? Você usou a pessoa ou incidente contra ela? Você levantou o assunto sobre a pessoa/incidente para outros que não precisavam saber dos detalhes? Você, de forma quieta, teve prazer em como as pessoas tomaram o seu lado da questão contra o outro? Você está permitindo desnecessariamente que esse incidente continue entre o seu relacionamento com a pessoa? Você está considerando abandonar essa pessoa? Se sim, a amargura deve ter começado a infiltrar seu coração.
E fique atento àqueles ringues mentais que gostamos de criar. Apesar do prazer rápido e fácil que eles podem fornecer, a prática de corajosamente vencer discussões com as pessoas em nossas próprias mentes alimenta o nosso fariseu interior e o monstro da auto-justiça. Por que estamos fazendo isso? Essa é uma maneira pela qual nós podemos, verbalmente, colocar o pescoço do nosso inimigo sob os nossos pés. Estamos com amargura.
Nós fazemos bem em orar como Davi, “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.” (Salmo 139.23-24)
  1. Mantenha aquela hora silenciosa da manhã
Eu digo “da manhã” porque quando estamos em batalha contra a amargura, a luta pelo pensamento bíblico pode começar mesmo antes do nosso pé tocar o chão.
E, já que a amargura é largamente uma batalha para o coração, bombardeá-lo com bondade, graça e glória de Deus no começar de cada dia ser mostrará uma técnica efetiva na batalha. “Grande paz têm os que amam a tua lei; para eles não há tropeço” (Salmo 119.165)
E nessa hora silenciosa, nós podemos substituir a amargura contra uma pessoa por amor em oração bíblica por ela.
  1. Lute por uma visão precisa e elevada de Deus
Nossa amargura pessoal está muito mais relacionada a Deus do que às pessoas. Certamente, pecados cometidos contra nós são reais e incômodos. No entanto, Deus nos equipou com todas as coisas necessárias para vida e piedade, inclusive aquelas necessárias contra o pecado da amargura. A maior destas coisas é, com certeza, Ele mesmo.
Confiando na soberania de Deus quando tentado pela amargura, temos esperança nEle. Relembrando da bondade de Deus, nós descansamos nEle. Abraçando a disciplina de Deus, nós crescemos nEle. Lembrando da santidade de Deus, nos conformamos a Ele. Visando a glória de Deus, nos alinhamos com Ele. Especialmente na batalha contra a amargura, quando nós lutamos para ter uma visão mais correta e exaltada de Deus, teremos menos espaço para ficar ofendidos com o que “fulaninho” fez ou disse.
  1. Negue-se a se separar do corpo de Cristo
É sempre muito mais fácil apertar o botão de ejetar nas discussões sobre relacionamento. Você não tem que lidar com isso. Sem mais preocupações sobre “O que eu vou falar quando eu encontrar com eles?”. O fator de “bizarrice” se foi. “Vou achar uma igreja diferente ou grupo familiar ou cidade”. Isso tudo é simplesmente tão fácil. E esse é o problema.
Porém, se separar desses irmãos e irmãs em Cristo é provavelmente o que Satanás e sua carne estão tentando fazer. Dividir e conquistar.
Mas é por isso que existem não menos do que 40 “uns aos outros”. Deus deseja que nós fiquemos juntos, encaremos o sentimento de estranheza e verdadeiramente conversemos com as pessoas diretamente, provavelmente quebrando os nossos egos mais algumas vezes e lidando com isso. E Ele deseja isso porque Ele nos ama. A amargura irá nos matar. Ela tira glória de Deus e abre a porta para milhares de outros pecados e miséria. “O solitário busca o seu próprio interesse e insurge-se contra a verdadeira sabedoria.” (Pv. 18.1)
Ir pelo caminho de continuar na igreja local como Deus ordena é a coisa mais difícil. É por isso que é a melhor coisa. Se nós formos obedientes e continuarmos conectados de forma sincera, isso será tanto o hospital para curar nosso ensimesmamento quanto para provarmos a base para o amor real.

Traduzido por Fernanda Vilela | Reforma21.org | Original aqui
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.