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terça-feira, 29 de setembro de 2015

A necessidade de dificuldade para os jovens (1)


As dificuldades chegam até nós através de todos os caminhos da vida, do início ao fim. Aflição não é mais evitável do que o ar. E, felizmente, as Escrituras tem muito para nos dizer a respeito disto. Mas uma passagem que frequentemente tem me chamado a atenção, de forma redentiva, é Lamentações 3.
“Bom é para o homem suportar o jugo na sua mocidade;  assentar-se solitário e ficar em silêncio; porquanto Deus o pôs sobre ele.  Ponha a boca no pó; talvez assim haja esperança” (Lm 3.27-29). Veja, o nível de dificuldade enfrentada durante a época deste verso excede o que muitos de nós enfrentará. Ainda assim, o versículo ilustra um princípio eterno no tema de aflição: é bom para nós, homens jovens (“jovens” pode se referir à uns 40 anos, mais ou menos) experimentar uma certa medida do fardo da dificuldade.
Mas por quê? O que há conosco, homens jovens, que tais aflições são especialmente proveitosas? Em grande parte, é simplesmente porque somos jovens. Nos falta a obra completa de santificação. Nosso desenvolvimento espiritual está longe de ser completada. A carne passou por pouca mortificação. Então, na boa soberania de Deus, o fardo da aflição na juventude é uma necessidade que pode nos guiar ao longo do caminho na escola de Cristo. Não há nada fácil nisto. Mas quando o nosso amado Deus nos prepara com dificuldades, nós rapazes, podemos lucrar grandemente. Como meu amigo e mentor, Ray Mehringer, certa vez me disse, “É o ‘ABC’ do Cristianismo: Adversidade dá Base ao Caráter.” E formação de caráter é uma necessidade neste momento para muitos de nós rapazes.
Pela graça de Deus, alguns são bem-treinados na academia da dificuldade. Para outros de nós, precisamos simplesmente entrar na escola ou voltar a tomar algumas aulas. Para aqueles que, como eu, frequentemente são reprovados na escola da aflição, aqui estão alguns lembretes sobre a necessidade de dificuldades, especialmente para nós homens jovens.

1. A dificuldade nos lembra que Deus é Deus

Como homens jovens, nós não nos inclinamos naturalmente na direção de que Deus reina a sós no trono do universo. No nosso estado nato, somos competidores de soberania.
Além disso, como rapazes, às vezes nos gloriamos em contemplar as coisas que somos capazes. Coisas como força física, energia, vigor, e coisas deste tipo; supomos que elas são coisas de valor cósmico. Porquê elas nos ajudaram a levantar mais pesos, jogar bem um tipo de esporte, experimentar um certo sucesso, pensamos que elas geram soberania. Podemos realizar coisas e realizarmos trabalhos pelas nossas próprias forças.
Aflição é boa, então, porque nos faz lembrar que a nossa juventude machona não exerce qualquer influência soberana. Deus é Deus. E no Seu amor por nós, ele pode ter nos dado dificuldades para que nós deixemos de secretamente admirarmos a nós mesmos e nos curvemos diante do nosso Deus soberano.

2. A dificuldade nos faz crescer no conceito do senhorio de Cristo

“Senhor.” Geralmente a palavra se refere àquele que legalmente possui outras pessoas como propriedade, alguém de supremacia, ou alguém que possuiu um direito de individualmente governor sobre outros. Um senhor era alguém cujos pedidos ninguém ousava diser “não”. “Senhor” é uma palavra qua há muito tempo deixou de fazer parte do estilo da cultura porque submissão está fora de moda, porque auto-adoração está na moda. Como burros empacados, nossa decadência dificilmente consegue lidar com este conceito. Somos super impressionantes e importantes; importamos demais para preocuparmos com senhorio. Mais: com a internet e uso das redes sociais, todo mundo, com suas palavras, radicalmente aumentam o seu medidor de importância. Se olharmos cuidadosamente, todo mundo pode achar um lugar onde pode funcionar como um pequeno senhor. Mas é tudo truque de espelhos espiritual.
Cristo é o Senhor. A palavra aparece cerca de 700 vezes no Novo Testamento; bem mais do que qualquer título. E o termo “Senhor” captura em grande parte o nosso relacionamento com o nosso amoroso Deus. Significa que ele possui extraordinária e inigualável supremacia: ele fará coisas à sua maneira todo o tempo em todos os lugares com todas as pessoas. O senhorio de Cristo talvez seja a coisa mais necessária para conhecer Jesus. E a dificuldade serve para este conhecimento.
Sofrimento não é um treinamento espiritual intensivo dado à nós rapazes para que possamos provar o que somos de forma narcisista. É um dom espiritual dado a nós para que possamos, de forma submissa, nos humilhar. A medida que aceitamos, Deus nos prepara no conceito de senhorio.

3. A dificuldade nos faz lembrar que somos extraordinariamente frágeis em tudo.

Uma das coisas que mais gozamos na nossa juventude é a nossa não-tão-forte força. Nós amamos aquilo que podemos fazer. Amamos aquilo que podemos fazer para sermos reconhecidos.
Tais impulsos são evidência de que, em nossa breve existência, talvez não tivemos suficiente encontros com a nossa fragilidade e com o poder de Deus. No entanto, até mesmo uma breve consideração da criação de Deus é convincente. Por exemplo, em meio de trilhões de outras coisas, Jesus fez esta tal coisa no espaço chamada de “buraco negro”. Um buraco negro é tão forte que a luz movendo-se a 300.000 km/s ainda não é rápida o suficiente ou forte o suficiente para escapar do seu alcance. Quão rápido alguma coisa deve estar se movendo para escapar o seu alcance?
Ainda assim, se você é teimoso como eu, até mesmo demonstrações diárias da nossa fraqueza e da força de Deus na criação não são suficientemente convincentes. Precisamos de algo mais. Como nosso perfeito pai, Deus fará com que cada vez menos operemos num estado delirante de potência pessoal.
Ele pode até ordenar algum tipo de fraqueza física, enfermidade ou doença. Veja, a presença de enfermidade não significa automaticamente que Deus está nos disciplinando por algum tipo de orgulho. Mas, de qualquer forma, grandes dificuldades como estas servem propósitos redentivos para nos convencer da nossa fragilidade, que por sua vez, nos leva à ele. Homens jovens precisam saber que eles são frágeis.

4. A dificuldade nos lembra que não devemos esperar circunstâncias como as do Éden nesta vida.

Quando olho para trás, vejo que tive muitos momentos constrangedores no meu ministério (e certamente outros mais virão). Muitos deles floresceram de um coração insípido, ignorante de que a vida fora do seminário não é como no Éden. Aqueles primeiros anos de acontecimentos como erros ministeriais, pessoas saindo da igreja, sofrendo calúnia e desprezo; foi um choque para a minha alma infantil.
Outras coisas como dificuldades financeiras, perda de trabalhos, circunstâncias familiares e de moradia não favoráveis, não ter a chance de estar no trabalho dos seus sonhos, ser mal-tratado no trabalho e em casa; rapazes geralmente supõem que estas são coisas bizarras entre Gênesis 2 e Apocalipse 20. No entanto, elas são algo pior: são o status quo.
Assim, uma das grandes formas em que podemos nos posicionar para uma estável e frutífera vida em Cristo é aceitar o fato de que a vida agora é o negativo da foto do céu. Muitas vezes nós desnecessariamente cultimanos nosso próprio desânimo porque fazemos exigências neste mundo que só serão realizadas no céu.
Então, uma quantidade de dificuldade nos relembra dos espinhos e abrolhos sempre presentes, os quais nós gostamos de fingir que não existem. Pela graça de Deus, podemos aceitar coisas como um ministério pouco frutífero. Isso pode muito bem ser o melhor de Deus para onde estamos, espiritualmente. Pode muito bem ser a Sua misericórdia para reter aquilo que atrairia nossos desejos corruptos por glória. Se experimentarmos muito sucesso, podemos facilmente nos tornar ladrões de glória.

5. A dificuldade nos lembra que não somos grandiosos.

J. C. Ryle certa vez escreveu, “O orgulho não reina em nenhum lugar tão poderosamente como no coração de um homem jovem”. Nós começamos a vida com excessiva síndrome de auto-presunção. E muitos de nós parecem sofrer de um caso terrível disto.

Até mesmo no ministério cristão, muitos de nós quietamente nos agarramos ao burburinho do louvor e do reconhecimento. É uma parada divertida. Alguns de nós, por exemplo, amam as redes sociais porque podemos gozar nossa pseudo-grandeza contemplando a repostagem dos tweets, elogios e lisonjas. Podemos fazer as pessoas acreditarem que somos humildes, porém ainda surfando no meio da multidão cibernética atrás de uma fachada.
Jovem, pare de pensar que você é extraordinário. Você não é. Os céus lamentam o espetáculo repugnante de um rapaz meditando na sua própria grandeza mitológica.
Mas na misericórdia do céu, a aflição elimina a síndrome da auto-presunção. A dificuldade serve para nos retirar da proverbial multidão que te idolatra. Porque ele nos ama, Deus pode puxar o louvor de debaixo dos nossos pés para cairmos de cara no chão. Nesta hora, começamos a assumir uma postura de adoração. Como Thomas Watson disse certa vez: “Quando Deus joga homens de costas no chão, então eles olham para o céu.”
Traduzido por Nayara Andrejczyk | Reforma21.org | Original aqui
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A Maior Profecia de Todos os Tempos.

Mark Hitchcock
Daniel 9.24-27 é uma das passagens proféticas mais importantes da Bíblia. Ela é a chave indispensável para toda a profecia. Muitas vezes ela foi denominada “a espinha dorsal da profecia bíblica” ou o “relógio de ponto de Deus”. Essa profecia nos comunica que Deus determinou exatamente o cronograma para o futuro de Israel.
A moldura para essa profecia é encontrada em Daniel 9.1-23. O profeta vivia na Babilônia, onde o povo judeu se encontrava exilado por quase 70 anos. Daniel descobriu, através das profecias de Jeremias, que o cativeiro do povo duraria 70 anos. Por isso, nessa passagem, ele confessou os pecados do povo judeu e orou pedindo pela sua restauração. Ele sabia que o tempo de cativeiro estava quase no fim (9.1-2) e, assim, intercedeu pelo povo. Enquanto ele ainda orava, Deus reagiu à sua oração, através do anjo Gabriel (9.21). Daniel 9.24-27 mostra a maneira como Deus atendeu à oração de Daniel. Ao responder a essa oração, Deus foi muito além da retirada do povo da Babilônia. Ele vislumbrou o futuro até à sua restauração definitiva sob o reinado do Messias:
Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos. 25Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos. 26Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas. 27Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele” (Dn 9.24-27).
Como se pode observar, essa passagem contém muitos detalhes. Para podermos compreender melhor a sua marcante exatidão e o seu significado, vamos dividi-la em 10 tópicos.

Dez pontos para a compreensão das 70 semanas de Daniel

1. Trata-se de semanas-ano

As expressões “semana” ou “pares de sete” se referem a um período de sete anos ou pares de sete anos, cada. Sabemos isso porque o profeta já as considerou como anos em Daniel 9.1-2.

2. O período todo abrange 490 anos

O tempo total coberto é de 490 anos (70 pares de 7 anos, cada, considerando o ano profético de 360 dias).

3. Refere-se ao povo judeu e à cidade de Jerusalém

Os 490 anos estão relacionados ao povo judeu e à cidade de Jerusalém e não à Igreja. O anjo Gabriel disse a Daniel que esse tempo estava determinado “...sobre o teu povo[Israel] e sobre a tua santa cidade [Jerusalém]...” (9.24).

4. A finalidade das 70 semanas

Lemos, em Daniel 9.24, que Deus tinha seis objetivos para esses 490 anos. Os três primeiros se referem ao pecado do homem e os últimos três, à justiça de Deus:
  • “para fazer cessar a transgressão”;
  • “para dar fim aos pecados”;
  • “para expiar a iniquidade”;
  • “para trazer a justiça eterna”
  • “para selar a visão e a profecia”;
  • “para ungir o Santo dos Santos”.
Por ocasião da Sua Primeira Vinda, a morte de Cristo na cruz trouxe o perdão dos pecados, mas Israel somente reconhecerá esse sacrifício quando o Seu povo estiver em contato com a Sua Segunda Vinda e demonstrar arrependimento, ao final das 70 semanas-ano. Os últimos três objetivos relacionados em Daniel 9.24 projetam o olhar sobre o vindouro Reino de Cristo.

5. Quando o relógio começa a funcionar

O relógio profético de Deus, para o período de 70 semanas-ano ou 490 anos, começou a funcionar no dia 5 de março de 444 a.C., quando o rei Artaxerxes, da Pérsia, emitiu a ordem, permitindo que os judeus, liderados por Neemias, retornassem à sua terra para reconstruir a cidade de Jerusalém (Ne 2.1-8).

6. As primeiras 69 semanas-ano ou 483 anos

Do início da contagem regressiva até a Vinda do Messias são 69 semanas-ano (7 + 62), ou 483 anos. Esse tempo exato, constituído de 173.880 dias, abrange o número exato de dias desde 5 de março de 444 a.C. até 30 de março de 33 d.C., no dia em que Jesus teve a Sua entrada triunfal em Jerusalém (Lc 19.28-44). A precisão com que esta profecia foi cumprida é algo inacreditável! Por essa razão, eu a considero a maior profecia de todos os tempos. Ela é uma comprovação esplêndida da inspiração divina da Bíblia.

7. O período intermediário é o da Era da Graça

Até aqui, tudo bem! As primeiras 69 semanas fazem parte da História. No entanto, o que acontece com os últimos 7 anos ou a 70ª semana-ano? Quando Israel rejeitou seu Messias, Deus suspendeu temporariamente o Seu plano para Israel. Assim, há um intervalo de tempo ou uma inserção de duração indeterminada entre a 69ª e a 70ª semana-ano.[1] De acordo com Daniel 9.26, para esse período são profetizados dois acontecimentos especiais:
  • O Messias será morto (isso se cumpriu em 3 de abril de 33 d.C.);
  • Jerusalém e o Templo serão destruídos (isso se cumpriu em 6 de agosto de 70 d.C.).
Deus deu um “pause” no seu cronômetro profético ao final da 69ª semana-ano. Atualmente vivemos nesse período de tempo não definido claramente entre a 69ª e a 70ª semana-ano, na Era da Igreja. Esse período terminará quando Cristo arrebatar Sua Noiva – a Igreja – ao Céu. Como a Igreja não existia durante as primeiras 69 semanas-ano – de 444 a.C. até 33 d.C. – faz sentido que ela não esteja presente na Terra durante a última semana-ano. As 70 semanas-ano se referem a Israel e não à Igreja.

8. A aliança do Anticristo e os últimos sete anos

Deus vai destravar o Seu cronômetro profético para Israel depois de ter arrebatado a Igreja para o Céu. Então surgirá o Anticristo e firmará uma aliança ou um acordo com Israel (9.27).[2] Isso sucederá na última, ou seja, na 70ª semana-ano cujo cumprimento ainda está em aberto. Sabemos desse fato porque as primeiras 69 semanas-ano foram literalmente cumpridas até o último dia e estes futuros sete anos também se cumprirão literalmente.
O Anticristo fará um “firme” acordo ou, possivelmente, “obrigará” Israel a fazer uma aliança com ele.[3] Dois acontecimentos no mundo atual indicam que a probabilidade de tal acordo se realizar não está muito afastada. Primeiramente, o Estado de Israel foi restabelecido em 1948, o que tornaria possível a realização de uma aliança com ele pela primeira vez em 1.900 anos. Em segundo lugar, o atual e aparentemente interminável “processo de paz” no Oriente Médio também aponta para a possibilidade desse último acordo. O palco está montado para o aparecimento de um grande líder da Europa que possa garantir a segurança de Israel. Como o mundo está cada vez mais dividido em relação às inquietações no Oriente Médio, um anúncio desses poderia facilmente se tornar uma solução inevitável.

9. O Anticristo rompe a aliança

O Anticristo agirá com falsidade em relação a Israel de um modo nunca visto na História, quebrando o acordo na metade do período (após três anos e meio) e colocará uma imagem repugnante e idólatra de si mesmo no Templo de Deus reconstruído, em Jerusalém (ver Mt 24.21; Ap 13.14-15). Os últimos três anos e meio serão de “grande tribulação”, da qual Jesus falou em Mateus 24.21.

10. O final das setenta semanas-ano

No final da 70ª semana-ano, Deus derrotará o Anticristo (Dn 9.27; ver 2Ts 2.8; Ap 19.20). Isso marcará o final das 70 semanas-ano e o início do Reino Milenar de Cristo. Então estarão cumpridos os seis objetivos de Deus, mencionados em Daniel 9.24 (Ap 20.1-6).
Para uma compreensão ainda melhor dessa profecia fantástica, seguem alguns meios auxiliares.
A profecia sobre um período de 173.880 dias que se cumpriu no dia exato é, de fato, algo excepcional. Por ocasião da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, no dia 30 de março de 33 d.C., cumpriram-se exatamente os dias das primeiras 69 semanas-ano (483 anos). Jesus sabia do significado real desse acontecimento. Olhando para a cidade, Ele disse:“Se você compreendesse neste dia, sim, você também, o que traz a paz!” (Lc 19.42 – NVI). Acrescentou, ainda: “...você não reconheceu a oportunidade que Deus lhe concedeu”(Lc 19.44 – NVI – ênfases acrescentadas pelo autor). Jesus ressaltou “neste dia” “a oportunidade” diante dos judeus porque Ele era a personificação dessa impressionante profecia na presença deles. O dia da visitação aconteceu exatamente na data anunciada com antecedência, mas o povo judeu perdeu a oportunidade em virtude de sua incredulidade.
Jesus voltará em algum dia – talvez em breve. No futuro acontecerá uma última visitação e esta se dará precisamente dentro do cronograma de Deus.
Estejamos atentos, você e eu, para não perdermos mais esta chance!

Notas

  1. Aqueles que não concordam que haverá um futuro período de Tribulação, durante sete anos, alegam que não existe uma lacuna de tempo entre a 69ª semana-ano, no ano de 33 d.C., e o início da 70ª semana-ano. Afirmam que a última semana aconteceria imediatamente em seguida. É o que diz, por exemplo, Gary DeMar, emEnd Times Fiction (Nashville: Thomas Nelson, 2001, p. 42-52). No entanto, essa visão possui dois obstáculos inevitáveis. Primeiramente, Daniel 9.26-27 indica claramente um lapso de tempo de, no mínimo, 37 anos entre o término da 69ª e o início da 70ª semana-ano (o período entre a entrada triunfal do Senhor, em 33 d.C. e a destruição do Templo em Jerusalém, no ano 70 d.C.. Em segundo lugar, se não houver nenhuma intercalação entre a 69ª e a 70ª semana-ano, então as 70 semanas-ano findariam por volta de 40 d.C.. Houve algum grande evento nesse ano? Nenhum! DeMar (End Times Fiction, p. 50-51) tenta inserir a destruição de Jerusalém – no ano 70 d.C. – na 70ª semana de Daniel. No entanto, ao fazermos isso, os últimos sete anos precisam ser estendidos por pelo menos 37 anos. A tentativa de adaptar os números de tal modo que se amoldem às nossas próprias suposições não corresponde a uma interpretação sadia da Bíblia.

    James Montgomery Boice, um intérprete bíblico, discorda plenamente dessa posição e demonstrou ser necessário considerar uma lacuna de tempo antes dos sete últimos anos da profecia:

    “O que acontece com a última semana-ano? O que acontece com os últimos sete anos do período que abrange 490 anos? Isso parece ser um enigma para quase todos, pois, se simplesmente acrescentássemos sete anos ao resultado de nossos cálculos, chegaríamos ao ano 38 d.C. (ou 46 d.C.) e, nesse ano, não aconteceu nada de importante...

    No entanto, minha tendência é dar razão aos que consideram esse ponto como uma interrupção do cumprimento da profecia. De acordo com estes, o cumprimento dessa profecia judaica excepcional está suspenso temporariamente enquanto o Evangelho é pregado às nações e até que a Igreja atinja sua plenitude, uma Igreja que abrange pessoas de todas as áreas da vida, de todas as raças e nações. Ao estarem reunidos todos os crentes da Era da Igreja, a profecia será reinstituída a partir da sua última semana-ano, na qual o povo judeu enfrentará grandes sofrimentos e perseguições. Sob essa ótica, a última semana de Daniel coincidiria com o período de 7 anos de sofrimentos que é mencionada em outro local. O fato de Jesus referir-Se ao ‘abominável da desolação’ (Mt 24.15) serve de sustentação para que os acontecimentos de Daniel 9.27 (assim como os de Dn 11.31 e 12.11) não ocorram imediatamente, mas somente no término da Era”.

    James Montgomery Boice, Daniel: An Expositional Commentary (Grand Rapids: Zondervan, 1989), p. 109-110. Um comentário abrangente sobre a profecia das 70 semanas-ano de Daniel foi publicado por Thomas Ice: “The Seventy Weeks of Daniel”, in: The End Times Controversy: The Second Coming Under Attack(Eugene, OR: Harvest House, 2003), p. 307-353.
     
  2. Aqueles que não concordam com a interpretação de cumprimento futuro de Daniel 9.27 acreditam que a aliança, anunciada no texto em referência, não será celebrada pelo Anticristo, mas por Jesus Cristo. Eles são da opinião que a quebra da aliança e o término dos sacrifícios se refira à morte de Jesus Cristo na cruz, no ano 33 d.C.. Isso, no entanto, acarreta dois problemas de difícil solução: 1) A palavra vinculada mais próxima ao pronome “ele”, em Daniel 9.27 é “príncipe que há de vir” de um povo que destruiu o Templo em 70 d.C.. Trata-se de uma clara alusão aos romanos. Jesus não pode ser esse “príncipe”, pois Ele não é romano. Muito antes, trata-se de uma referência ao Anticristo que se levantará do futuro Império Romano reunificado (ver Dn 7.8). Em nenhum lugar da Bíblia há qualquer menção de que Jesus tivesse firmado uma aliança de paz de 7 anos com alguém. Ele viveu em torno de 33 anos, dos quais mais de 3 anos em ministério público. Não há nenhum registro de que Ele tivesse celebrado algum acordo de 7 anos. Na página 258 do Commentary on Daniel (Grand Rapids: Zondervan, 1973) Leon Wood enumera sete motivos convincentes demonstrando que, em Daniel 9.27, “ele” se refere ao futuro príncipe ou Anticristo.
     
  3. John F. Walvoord, Major Bible Prophecies: 37 Crucial Prophecies that Affect You Today (Grand Rapids: Zondervan, 1993), p. 319.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Como saber como satanás está tentando você

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Martinho Lutero certa vez comparou o cristão a um homem bêbado tentando andar a cavalo. É uma comparação comicamente adequada. Este homem sobe por um lado do cavalo, e imediatamente cai do lado oposto. Aí ele sobe daquele lado, e cai direto pelo outro. Lutero quer dizer que, como Cristãos, somos propensos a extremos. Quando não estamos virando bem longe em uma direção, estamos desviando demasiadamente em outra.
Uma das áreas nas quais somos levados a extremos é a área de Satanás e seus demônios, e suas obras neste mundo. Alguns cristãos são tão obcecados com a atividade satânica que não conseguem conversar sobre nada mais. Outros cristãos são tão alheios a isso que preferem não falar sobre o assunto de maneira alguma. No entanto, como é frequentemente o caso, a Bíblia nos direciona a um equilíbrio muito melhor onde estamos cientes mas não obcecados, onde estamos conscientes das atividades de Satanás mas igualmente convencidos da vitória de Cristo.
A Bíblia nos assegura que satanás é ativo neste mundo. Apesar de ser um inimigo derrotado que, como diz Lutero, “já condenado está,” ele continua sendo um inimigo perigoso. Ele é como uma cascavel que, embora esmagada, continua a se debater nos seus espasmos mortais. Sua mordida continua mortal e encharcada de veneno.
Satanás odeia Deus e odeia qualquer um criado à imagem de Deus. Ele tem feito um longo e intenso estudo da humanidade. Ele conhece nossos pontos fortes e fracos. Ele conhece nossos desejos secretos. Satanás sabe como personalizar artesanalmente tentações perfeitas para cada um de nós.
No seu livro Tempted and Tried (Tentados e Provados), Russell Moore sugere uma forma de pensar como Satanás pode estar tentando você:

Imagine que você pudesse fazer qualquer coisa, você pudesse fazer acontecer exatamente como você desejasse, e então pudesse voltar e reverter o tempo para que aquilo jamais tivesse acontecido – sem consequências para a sua vida, seu trabalho, sua família, ou para o Dia do Julgamento. O quê você faria? Qualquer pensamento que venha à mente pode ser uma provável ideia a respeito de onde os seus desejos estão sendo formados.
O que seria? Sua resposta será diferente da minha resposta. Nós somos seres peculiares, com desejos peculiares e tentações peculiares. Onde quer que você pudesse pecar sem consequências e sem julgamento, onde quer que você pudesse realizar um desejo mal sem o medo de repercussão, será exatamente o tipo de lugar onde Satanás tentará você. A medida que ele guia você em direção ao pecado, ele finalmente irá convencê-lo de que você pode pecar sem sofrer consequências. Ele te convencerá de que você pode sair ileso. Afinal, essa é a mentira que ele contou para Adão e Eva, isso é, que eles poderiam pecar com impunidade. Embora os tempos tenham mudado, suas estratégias continuam sendo praticamente as mesmas.
Onde você pecaria se você pudesse pecar – pode muito bem ser o lugar onde você pecará quando você for tentado a pecar.
Traduzido por Nayara Andrejczyk | Reforma21.org | Original aquiVocê está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Quanto vale a oração?


O autor da Carta aos Hebreus afirma que “durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão” (Hb 5.7). A nós, não custa lembrar: “Deus espera por nossas orações”.
O estudo bíblico de hoje foi desenvolvido a partir do artigo A Vida de Oração de Jesus, do pastor Elben César, publicado na edição 336 da revista Ultimato.
Texto básico:
Lucas 11.1-13
Textos de apoio
Mc 1.35-39
Lc 5.12-16
Lc 6.12-16
Lc 9.18, 28-36
Jo 17.1-26
Mt 26.36-46
Introdução
“Quanto vale a oração?” Para refletir nesta pergunta, vamos estudar o valor da oração na vida de Jesus. Se para ele, que era um com o Pai (Jo 10.30), a oração tinha profundo valor, quanto mais deve ter para nós! Os críticos dizem que a oração é válida porque é emocionalmente saudável para quem ora. Seria este o único valor da oração para Jesus? O autor da Carta aos Hebreus afirma: “Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão” (Hb 5.7, NVI). Certamente que, para Jesus, a oração não somente proporcionava o benefício emocional, mas produzia efeito concreto em sua vida e na vida de outros. Deus o atendia, respondendo, de fato, às suas orações.
Para entender o que a Bíblia fala
a) O exemplo sempre vem primeiro. Porque viram Jesus orando, os discípulos pediram que ele os ensinasse a orar (Lc 11.1). Que assuntos devem ser abordados quando oramos, de acordo com a oração-modelo deixada por Jesus (Lc 11.2-4; cp. Mt 6.9-13)?
b) Logo a seguir, Jesus continua seu ensino sobre a oração contando uma instigante parábola (Lc 11.5-10). Como devemos interpretá-la? [Lembre-se de que Jesus também insistia em suas orações. No cenáculo, ele orou repetidas vezes por seus discípulos (Jo 17.9, 11, 15, 17, 20-21). No Getsêmani, fez o mesmíssimo pedido três vezes (Mt 26.44).]
c) Como os versos 9 e 10 de Lucas 11 explicam o sentido da parábola? (Recorra a mais de uma tradução para entender melhor o texto.)
d) Jesus termina seu ensino sobre a oração, comparando o pai terreno com o Pai celestial (Lc 11.11-13). Eugene Peterson contemporiza assim o texto: “Não barganhem com Deus. Sejam objetivos. Peçam aquilo de que estão precisando. Não estamos num jogo de gato e rato, nem de esconde-esconde. Se seu filho pedir pão, você o enganaria com serragem? Se pedir peixe, iria assustá-lo com uma cobra viva servida na bandeja? Maus como são, vocês não pensariam em algo assim, pois se portam com decência, pelo menos com seus filhos. Não acham, então, que o Pai que criou vocês com todo amor não dará o Espírito Santo quando pedirem?” Que exemplos podemos ver de boas e objetivas respostas de Deus aos pedidos de oração de Jesus? Consulte os textos de apoio.
Hora de Avançar
“Deus espera por nossas orações!”
Para pensar
Deus atendeu a oração de Jesus, antes de ele sair para pregar em outros lugares (Mc 1.35-39), depois da cura do leproso (Lc 5.15-16), antes de escolher os doze companheiros de ministério (Lc 6.12-13), durante a incrível experiência da transfiguração (Lc 9.28-29), antes de ensinar sobre a oração (Lc 11.1-2) e antes da agonia da cruz (Mt 26.39-44). Deus também ouviu a intercessão de Jesus por seus discípulos – tanto os contemporâneos dele quanto nós, que viemos a crer depois. Esta foi sua maior oração registrada, conhecida como “a oração sacerdotal de Jesus” (o capítulo inteiro de João 17). Finalmente, voltando ao texto de Hebreus (5.7), Deus não o livrou de passar pela morte, mas o ressuscitou em corpo glorioso, o que foi uma resposta de oração incomparavelmente mais poderosa e sublime.
O que disseram
“Não se aflijam com nada; ao invés disso, orem a respeito de tudo; contem a Deus as necessidades de vocês, e não se esqueçam de agradecer-lhe suas respostas. Se fizerem isto, vocês terão experiência do que é a paz de Deus, que é muito mais maravilhosa do que a mente humana pode compreender. Sua paz conservará a mente e o coração de vocês na calma e tranquilidade, à medida que vocês confiam em Cristo Jesus.” (Fp 4.5-7, BV.)
“A oração produz resultados psicológicos (paz de espírito, tranquilidade), espirituais (maior sentido de vida) e concretos (atendimento real do pedido feito).” (Elben César, em Práticas Devocionais)
Para responder
> Para você, quanto vale a oração? Quais os benefícios desta prática em sua vida?
> Como você seguirá o exemplo de Jesus como alguém que sempre praticava a oração?
> Em relação ao seu tempo e à sua agenda, que decisões você tomará hoje para colocar isso em prática?
> Compartilhe com um amigo ou com o grupo uma resposta concreta de Deus a algum pedido de oração específico que você tenha feito.
Eu e Deus
“Bem cedinho, de manhã, faço a minha oração. Tu, Senhor ouves a minha voz. Faço a minha oração e fico esperando, vigiando com atenção para descobrir a tua resposta.” (Sl 5.3.)
http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/quanto-vale-a-oracao/
Autor do Estudo Bíblico: Délnia Bastos

sábado, 12 de setembro de 2015

Supermercado da fé.

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Se algum de vocês está sofrendo, ore. Se alguém está contente, cante hinos de agradecimento. Se algum de vocês estiver doente, que chame os presbíteros da igreja, para que façam oração e ponham azeite na cabeça dessa pessoa em nome do Senhor. Essa oração, feita com fé, salvará a pessoa doente. O Senhor lhe dará saúde e perdoará os pecados que tiver cometido. Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e façam oração uns pelos outros, para que vocês sejam curados. A oração de uma pessoa obediente a Deus tem muito poder.
 Tiago 5:13-16 NTLH


Pra você ter uma fé que agrada a DEUS, a sua fé não deve ser para beneficio próprio, a fé tem que abençoar a vida de outros, nós cremos que DEUS pode mudar e fazer milagres que nada é impossivel , porém todas as vezes que vamos exercitar a nossa fé o único beneficiário sou eu? fazemos campanha de cura, da prosperidade, da libertação e o alvo da minha fé é somente eu? minha fé tem promovido salvação nas pessoas ou só promove uma negociação, imposição à DEUS? Você sabe mesmo orar a DEUS pelos motivos certos???


Daniel Fernandes da Silva

danielfdsilva82@gmail.com


(Nota do blog: O amigo e irmão Daniel  escreve devocionais e reflexões diarias e compartilha com seus amigos em grupos no Whatsapp, eu , por graça e misericordia estou entre esses amigos .Iveraldo Pereira.)