Pesquisa no blog

quinta-feira, 27 de junho de 2013

O que pode o amor.

O que pode o amor

O amor é o maior argumento do Cristianismo. Há também outras características. Mas o amor é a mais expressiva.
O jornal suíço 20 Minuten publicou um relato sob o título “O salva-vidas da rocha da morte”:
Don Ritchie tem 84 anos de idade. Há quase 50 anos ele mora ao lado de uma rocha apelidada de “The Gap” [“A Fenda”]. Este lugar é muito conhecido em Sydney (Austrália), e não só pela vista que se tem do topo. “The Gap” é considerado um ímã para pessoas cansadas da vida. De acordo com o site express.de, a cada ano cerca de 50 pessoas se lançam para a morte dessa rocha às portas da casa de Ritchie. (...) É claro que o aposentado não deixa que isto aconteça tão facilmente. Sempre que vê um possível candidato à morte, ele calça seus sapatos e caminha os poucos passos até a rocha. Sua tática, de sorrir para a pessoa e convidá-la para tomar um chá, já funcionou cerca de 160 vezes nos últimos 50 anos. Mesmo assim, Ritchie não se considera um herói. “Vi mais gente saltando do que consegui salvar”, lamenta. Mas ele continua tentando.[1]
Este homem não aborda os candidatos ao suicídio com placas de advertência, gritos ou ameaças, mas com um sorriso, uma xícara de chá e algumas palavras de simpatia e conforto. Em todos os tempos, a arma mais poderosa contra a morte e a destruição foi o amor. Jesus nos deu o exemplo: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim” (Jo 13.1). Ele, que se tornou nosso Salvador na rocha da morte chamada Gólgota, deixou-nos uma tarefa clara: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.35).
Todos as religiões têm suas características: símbolos, regras, comportamentos, cerimônias, vestimentas, normas, templos, mensagens. A Igreja de Jesus carrega a marca do amor, que é, de longe, a mais expressiva.
Aparentemente o amor era o assunto que mais importava a Jesus em Suas mensagens de despedida antes do Seu calvário. O amor é o maior argumento do Cristianismo; ele tem o maior poder de penetração e de convencimento, e é uma arma de que nenhuma outra religião ou ideologia dispõe.
Amar não significa que aceitamos ou toleramos o pecado, mas a rejeição é algo que muitas pessoas já experimentam excessivamente. O que conseguiríamos, por exemplo, se demonstrássemos, aos nossos vizinhos, colegas de trabalho e demais pessoas, não uma piedade fria e distante, mas os convidássemos para um café? Muitos corações endurecidos, que antes gelavam ainda mais diante de palavras piedosas, já derreteram sob este amor. (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)

Nota:

  1. 20 Minuten Online, 14 de junho de 2010.
Norbert Lieth É Diretor da Chamada da Meia-Noite Internacional. Suas mensagens têm como tema central a Palavra Profética. Logo após sua conversão, estudou em nossa Escola Bíblica e ficou no Uruguai até concluí-la. Por alguns anos trabalhou como missionário em nossa Obra na Bolívia e depois iniciou a divulgação da nossa literatura na Venezuela, onde permaneceu até 1985. Nesse ano, voltou à Suíça e é o principal preletor em nossas conferências na Europa. É autor de vários livros publicados em alemão, português e espanhol.

Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, Fevereiro de 2011.

Revista mensal que trata de vida cristã, defesa da fé, profecias, acontecimentos mundiais e muito mais. Veja como a Bíblia descreveu no passado o mundo em que vivemos hoje, e o de amanhã também.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Agradecimento aos amigos e irmãos.



 Vou sair por um breve instante da intenção original deste espaço para agradecer aos amigos e irmãos que visitam  este blog e informar que no dia 23/06/2013  este blog alcançou 100 países, é motivo de muita alegria e regozijo.

 Comecei este blog sem  almejar grandes conquistas, queria apenas compartilhar com alguns amigos tudo o que eu lia e achava edificante, hoje o blog faz parte da minha rotina de vida e tem me ajudado muito, assim como a muitas pessoas, agradeço a Deus pelas vossa vidas e saibam que vocês são instrumentos dEle para a pregação da boa nova.

 Em breve estarei mudando alguma coisa no blog sem mudar a sua fómula ou propósito original que é publicar artigos para edificação pessoal e teológica.

 Algo que me surpreende é saber que mesmo um blog amador, sem nenhum recurso ou propaganda alguma chega a ser visto por uma grande quantidade de paises.


Seu conservo, Iveraldo Pereira.

 Abaixo o gráfico do Flag Counter, um contador que nos dá as estatísticas.

Last New Visitor

Brazil 
Visited 4 minutes ago
Newest Country

The Gambia
Last Visited June 23, 2013


100 different countries have visited this site.  146 flags collected. View all details »



    
New Visitors

Yesterday: 63 

30 day average: 40

Record: 266 on March 8, 2013

View history »
Flag Counter Views

Yesterday: 73 

30 day average: 55

Record: 369 on March 8, 2012

View history »

quarta-feira, 19 de junho de 2013

A vaidade da falsa adoração


Por Arthur W. Pink

NATUREZA REAL DA VERDADEIRA ADORAÇÃO
As pessoas imaginam que, se elas frequentarem um culto religioso, forem reverentes em seu comportamento, participarem do período de hinos, ouvirem respeitosamente o pregador, e contribuírem com ofertas, então realmente adoraram a Deus. Pobres almas iludidas… um engano que é levado adiante pelo falso-profeta e explorador do dia. Contra toda esta ilusão, temos as palavras de Cristo em João 4.24, que são surpreendentes em seu caráter restritivo e pungente: “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”.
A VAIDADE DA FALSA ADORAÇÃO
“Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim; em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens” (Marcos 7.6,7). Estas palavras solenes foram ditas pelo Senhor Jesus aos escribas e fariseus. Eles vieram a Ele com a acusação de que Seus discípulos não se conformavam às suas tradições e práticas em relação à pureza e lavagens cerimoniais. Em Sua resposta, Cristo expôs a inutilidade da religião deles.
Estes escribas e fariseus estavam levantando a questão do “lavar de mãos” cerimonial, enquanto seus corações permaneciam sujos perante Deus. Oh, querido leitor, as tradições dos antigos podem ser diligentemente seguidas, suas ordenanças religiosas observadas estritamente, suas doutrinas devocionalmente guardadas, e ainda assim a consciência jamais foi sondada na presença de Deus quanto a questão do pecado. O fato é que a religião é uma das maiores obstruções para a verdade de Deus abençoar as almas dos homens.
A verdade de Deus nos leva a um nível em que Deus e o homem são tão distantes quanto o pecado é da santidade: portanto, a primeira grande necessidade do homem é purificação e reconciliação. Mas a “religião” atua na suposição de que a depravação e culpa humanas podem ter relacionamento com Deus, podem aproximar-se dEle, e mais, adorá-lO e serví-lO. Por todo o mundo, a religião humana é baseada na falácia de que o homem pecador e caído pode ter um relacionamento com Deus. A religião é um dos principais meios usados por Satanás para cegar a humanidade quanto à sua verdadeira e terrível condição. É o anestésico do diabo para fazer pecadores perdidos sentirem-se confortáveis e tranquilos em seu vil afastamento de Deus. A religião esconde deles Deus em Seu verdadeiro caráter – um Deus santo que é “tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a opressão não podes contemplar” (Hb 1.13).
Teremos muito esclarecimento em relação a este ponto de nosso assunto se considerarmos atentamente o abominável incidente registrado em Mateus 4.8,9: “Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares”. O diabo busca adoração. Quão poucos na cristandade estão alertas quanto a isto, ou percebem que as principais atividades do inimigo se mantêm na esfera religiosa!
Escute o testemunho de Deuteronômio 32.17 – ”Sacrifícios ofereceram aos demônios, não a Deus; aos deuses que não conheceram”. Isto se refere a Israel em seus primeiros dias de apostasia. Escute agora 1 Coríntios 10.20 “Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus”. Que luz isto nos lança sobre a idolatria e abominações do paganismo! Ouça mais uma vez 2 Coríntios 4.4 “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus”. Isto significa que Satanás é o inspirador e dirigente da religião do mundo. Sim, ele busca adoração, e é o promotor principal de toda falsa adoração.
A EXCLUSIVIDADE DA VERDADEIRA ADORAÇÃO
“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (João 4.24). Este “importa” é definitivo; não existe alternativa, não há escolha neste assunto. Não é a primeira vez que temos esta palavra profundamente enfática no Evangelho de João. Existem dois versículos notáveis em que isto ocorre anteriormente. “Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo” (João 3.7). “E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado” (João 3.14). Cada uma dessas três “necessidades” é igualmente importante e inequívoca. (N.T.: No original, a palavra usada pelo autor sempre é “must”).
A primeira passagem faz referência a Deus Espírito, pois é Ele quem regenera. A segunda refere-se à obra de Deus Filho, pois foi Ele quem fez a expiação pelo pecado. A terceira faz referência a Deus Pai, pois é Ele quem procura adoradores (João 4.23). Esta estrutura não pode ser alterada: apenas aqueles que nasceram do Espírito, que repousam sob a obra expiatória de Cristo, que podem adorar o Pai.
Citando novamente as palavras de Cristo à religiosidade de Seus dias, “Este povo honra-me com os lábios, Mas o seu coração está longe de mim; Em vão, porém, me honram” (Marcos 7.6,7). Ah, meu leitor, o mundano pode ser um filantropo generoso, um religioso sincero, um denominacionalista zeloso, um membro de igreja devoto, um assíduo participante da comunhão, ainda assim ele não é mais capaz de adorar a Deus que um mudo é de cantar. Caim tentou e falhou. Ele não foi irreligioso. Ele “trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR.” (Gênesis 4.3), mas “Mas para Caim e para a sua oferta [Deus] não atentou”. Por quê? Porque ele se recusou a aceitar sua condição incapaz e sua necessidade de um sacrifício expiatório.
Para se adorar a Deus, Deus deve ser conhecido: e Ele não pode ser conhecido a não ser por Cristo. Muito pode ser ensinado e crido sobre um “Deus” teórico ou teológico, mas Ele não pode ser conhecido à parte deo Senhor Jesus. Ele disse “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (João 14.6). Portanto, é uma crença artificial pecaminosa, uma ilusão fatal, uma farsa maligna, levar pessoas não-regeneradas a imaginarem que elas podem adorar a Deus. Enquanto o pecador permanece longe de Cristo, ele é “inimigo” de Deus, um filho da ira. Como então poderia ele adorar a Deus? Enquanto permanece em seu estado não-regenerado ele está “morto em seus pecados e delitos”. Como, então, ele pode adorar a Deus?
O que foi dito acima é quase universalmente repudiado hoje, e repudiado em nome da Religião. E, repetimos, religião é o principal instrumento usado pelo diabo para enganar almas, ao insistir – não importa que seja a “religião budista” ou a “religião cristã” – que o homem, ainda em seus pecados, pode manter um relacionamento e aproximar-se do Deus três vezes santo. Negar essa idéia é provocar a hostilidade e ser censurado a ponto de ser uma oposição a todos os meros religiosos. Sim, isto foi muito do que levou Cristo a ser odiado impiedosamente pelos religiosos de Seus dias. Ele refutou suas afirmações, expôs sua hipocrisia, e então provocou seu ódio.
Aos “príncipes dos sacedotes e anciões do povo” (Mateus 21.23), Cristo disse “os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus” (Mateus 21.31) e no final de seu discurso é dito que estavam “pretendendo prendê-lo” (v. 46). Eles atentaram para coisas externas, mas seu estado interno foi negligenciado. E por que os “publicanos e fariseus” entraram no reino de Deus adiante deles? Porque nenhuma pretensão religiosa obstruiu seu caminho; eles não tinham uma profissão de justiça própria para manter a qualquer custo, nem uma reputação piedosa para zelar. Pela pregação da Palavra, foram convencidos de seu estado de perdição, então colocaram-se no devido lugar diante de Deus e foram salvos. Algo que só pode acontecer com adoradores.
Traduzido por Josaías Jr | iPródigo
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

sábado, 15 de junho de 2013

Salmo 09





Salmo de Davi para o músico-mor, sobre Mute-Láben 

1 Eu te louvarei, Senhor, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas.

2 Em ti me alegrarei e exultarei; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo;

3 porquanto os meus inimigos retrocedem, caem e perecem diante de ti.

4 Sustentaste o meu direito e a minha causa; tu te assentaste no tribunal, julgando justamente.

5 Repreendeste as nações, destruíste os ímpios; apagaste o seu nome para sempre e eternamente.

6 Os inimigos consumidos estão; perpétuas são as suas ruínas.

7 Mas o Senhor está entronizado para sempre; preparou o seu trono para exercer o juízo.

8 Ele mesmo julga o mundo com justiça; julga os povos com eqüidade.

9 O Senhor é também um alto refúgio para o oprimido, um alto refúgio em tempos de angústia.

10 Em ti confiam os que conhecem o teu nome; porque tu, Senhor, não abandonas aqueles que te buscam.


11 Cantai louvores ao Senhor, que habita em Sião; anunciai entre os povos os seus feitos.

12 Pois ele, o vingador do sangue, se lembra deles; não se esquece do clamor dos aflitos.

13 Tem misericórdia de mim, Senhor; olha a aflição que sofro daqueles que me odeiam, tu que me levantas das portas da morte.

14 para que eu conte todos os teus louvores nas portas da filha de Sião e me alegre na tua salvação.

15 Afundaram-se as nações na cova que abriram; na rede que ocultaram ficou preso o seu pé.

16 O Senhor deu-se a conhecer, executou o juízo; enlaçado ficou o ímpio nos seus próprios feitos.

17 Os ímpios irão para o Seol, sim, todas as nações que se esquecem de Deus.

18 Pois o necessitado não será esquecido para sempre, nem a esperança dos pobres será frustrada perpetuamente.

19 Levanta-te, Senhor! Não prevaleça o homem; sejam julgadas as nações na tua presença!

20 Senhor, incute-lhes temor! Que as nações saibam que não passam de meros homens! 



sábado, 8 de junho de 2013

A Segurança do Perdão



É maravilhoso ser restaurado ao Senhor. Todavia, isto não significa que daí em diante não haverá problemas. Muitos crentes que são trazidos de volta para a comunhão com Deus passam por momentos terríveis de sentimento de culpa, dúvida e depressão; eles têm dificuldade para acreditar que foram realmente perdoados.
Vamos examinar a seguir algumas das dificuldades mais comuns que eles enfrentam:
1. Como posso ter certeza de que Deus me perdoou?
Você pode saber sobre isto por meio da Palavra de Deus. Ele prometeu repetidas vezes perdoar aqueles que confessarem e abandonarem seus pecados. Não há nada no universo tão certo quanto a promessa de Deus. Para saber se Deus o perdoou, você tem que acreditar em Sua Palavra. Ouça estas promessas:
O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv 28.13).
Desfaço as tuas transgressões como a névoa, e os teus pecados, como a nuvem; torna-te para mim, porque eu te remi” (Is 44.22).
Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” (Is 55.7).
Vinde e tornemos para o Senhor, porque ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e a ligará” (Os 6.1).
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (1 Jo 1.9).
2. Sei que Ele me perdoou no momento em que fui salvo, mas, quando penso nos terríveis pecados que cometi já como crente, é difícil crer que Deus possa me perdoar. A mim parece que pequei contra uma tremenda luz!
Davi cometeu adultério e assassinato; no entanto, Deus o perdoou (2 Sm 12.13).
Pedro negou o Senhor três vezes; todavia, o Senhor o perdoou (Jo 21.15-23).
O perdão de Deus não está limitado aos não salvos. Ele promete perdoar os decaídos também:
Curarei a tua infidelidade, eu de mim mesmo os amarei, porque a minha ira se apartou deles” (Os 14.4).
Se Deus pode nos perdoar quando éramos Seus inimigos, será que Ele vai ser menos perdoador a nós agora que somos Seus filhos?
Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte de Seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” (Rm 5.10).
Aqueles que temem que Deus não pode perdoá-los estão mais próximos do Senhor do que imaginam porque Deus não consegue resistir a um coração quebrantado (Is 57.15). Ele pode resistir aos orgulhosos e aos que não se dobram, mas não desprezará o homem que verdadeiramente se arrepender (Sl 51.17).
3. Sim, mas como Deus perdoará? Cometi um determinado pecado e Deus me perdoou. Mas já cometi o mesmo pecado várias vezes desde então. Logicamente que Deus não pode perdoar indefinidamente.
Esta dificuldade encontra uma resposta indireta em Mateus 18.21-22: “Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”.
Aqui, o Senhor ensina que devemos nos perdoar uns aos outros não sete vezes, mas setenta vezes sete, que é outra maneira de dizer indefinidamente.
Bem, se Deus nos ensina a perdoar uns aos outros indefinidamente, com que freqüência Ele nos perdoará? A resposta parece óbvia.
O conhecimento desta verdade não deveria nos fazer negligentes nem tampouco nos estimular a pecar. Por outro lado, esta maravilhosa graça é a mais forte razão pela qual o crente não deve pecar.
4. O problema comigo é que não me sinto perdoado.
Deus nunca pretendeu que a segurança do perdão viesse ao crente através dos sentimentos. Em um dado momento, você pode se sentir perdoado, mas depois, um pouco mais tarde, você poderá se sentir tão culpado quanto possível.
Deus quer que nós saibamos que somos perdoados. E Ele baseou a segurança do perdão naquilo que é a maior certeza do universo. A Sua Palavra, a Bíblia, nos diz que, se confessarmos os nossos pecados, Ele nos perdoa os pecados (1 Jo 1.9).
O importante é sermos perdoados, quer sintamos ou não. Uma pessoa pode se sentir perdoada e não ter sido perdoada. Nesse caso, seus sentimentos a enganam. Por outro lado, uma pessoa pode ser verdadeiramente perdoada e, mesmo assim, não sentir isso. Que diferença fazem seus sentimentos se a verdade é que Cristo já a perdoou?
O decaído que se arrepende pode saber que está perdoado com base na maior autoridade que existe: a Palavra do Deus Vivo.
5. Temo que, ao me afastar do Senhor, cometi o pecado para o qual não há perdão.
A recaída não é o pecado para o qual não há perdão.
De fato, há pelo menos três pecados para os quais não há perdão mencionados no Novo Testamento, mas podem ser cometidos apenas por incrédulos.
Atribuir os milagres de Jesus, realizados pelo poder do Espírito Santo, ao Diabo é imperdoável. É o mesmo que dizer que o Espírito Santo é o diabo, e, portanto, esta é uma blasfêmia contra o Espírito Santo (Mt 12.22-24).
Professar ser crente e depois repudiar completamente a Cristo é um pecado para o qual não há perdão. Este é o pecado da apostasia mencionado em Hebreus 6.4-6. Não é a mesma coisa que negar a Cristo. Pedro fez isto e foi restaurado. Este é o pecado voluntário de calcar aos pés o Filho de Deus, fazendo de Seu sangue algo impuro, e desprezando o Espírito da graça (Hb 10.29).
Morrer na incredulidade é imperdoável (Jo 8.24). Este é o pecado de recusar-se a crer no Senhor Jesus Cristo, o pecado de morrer sem arrependimento e sem fé no Salvador. A diferença entre o verdadeiro crente e aquele que não é salvo é que o primeiro pode cair várias vezes, mas se levantará novamente.
O Senhor firma os passos do homem bom e no seu caminho se compraz; se cair, não ficará prostrado, porque o Senhor o segura pela mão” (Sl 37.23-24).
Porque sete vezes cairá o justo e se levantará; mas os perversos serão derribados pela calamidade” (Pv 24.16).
6. Creio que o Senhor me perdoou, mas eu não consigo perdoar a mim mesmo.
Para todos aqueles que alguma vez na vida já tiveram uma recaída (e será que existe algum crente que jamais caiu, de uma forma ou de outra?), esta atitude é bastante compreensível. Sentimos nossa completa incapacidade e nosso fracasso de maneira tão profunda.
No entanto, a atitude não é razoável. Se Deus perdoou, por que eu me permitiria ser afligido por sentimentos de culpa?
A fé afirma que o perdão é um fato e se esquece do passado – exceto como uma advertência saudável para não nos afastarmos do Senhor novamente. (William MacDonald -http://www.apaz.com.br)

Extraído do livro Há um caminho de volta para Deus

Um crente pode sofrer uma recaída em sua vida espiritual. No entanto, Deus é o Deus da restauração. 

domingo, 2 de junho de 2013

Avaliação dos ensinos de Joyce Meyer.

Avaliação dos ensinos de Joyce Meyer




Uma crítica dos livros “Beleza Em Vez de Cinzas” e “Approval Addiction”

Joyce Meyer ficou muito popular através de suas pregações e dos vários livros que escreveu. Embora não seja psicóloga, seus textos freqüentemente fazem referência aos abusos que sofreu na infância, e seus ensinos são parecidos com a “sabedoria” psicológica popular sobre os efeitos do abuso infantil. Esta crítica faz a resenha de dois de seus livros:Beleza em vez de cinzas: Recebendo cura emocional (BC), 2006, e Approval Addiction: Overcoming Your Need to Please Everyone (AA) [O Vício da Aprovação: Superando sua necessidade de agradar todo mundo, em tradução livre; não editado no Brasil], 2005. Com certeza existe alguma verdade nesses livros, mas ela está tão terrivelmente emaranhada com erros de psicologia, que todo cuidado é pouco.
O abuso de crianças é um pecado horrível e um problema real na nossa sociedade. Os cristãos precisam demonstrar sua compaixão, compreensão e esperança.
É muito importante enfatizar que o abuso de crianças é um pecado horrível e um problema real na nossa sociedade. Os cristãos precisam demonstrar sua compaixão, compreensão e esperança. O propósito desta crítica não é minimizar a ofensa sofrida ou a gravidade do problema, mas, sim, levar tanto o praticante quanto a vítima desse pecado a buscarem a Deus e à Sua Palavra, e a se afastarem das teorias e métodos falhos da psicoterapia moderna, que parecem ser úteis, mas mantêm as pessoas na escravidão.
A infância conturbada de Meyer serve de cenário para grande parte de seu ensino. Em Beleza Em Vez de Cinzas, Meyer ressalta os abusos que sofreu na infância e expressa sua crença de que muitas pessoas que parecem “íntegras” são, na verdade, extremamente perturbadas interiormente:
Existem muitas, muitas pessoas que parecem ser todas certinhas por fora, mas por dentro são um desastre. Esta era a minha situação antes de aprender que a principal preocupação do Senhor é a minha vida interior. Mateus 6.33 afirma que devemos buscar primeiro o reino (lembre-se, ele está dentro de você) e a sua justiça, e então essas outras coisas nos serão acrescentadas (BC, negrito acrescentado).
Sofri abusos sexuais, físicos, verbais e emocionais desde quando consigo me lembrar até o dia em que finalmente saí de casa, aos dezoito anos (BC).
A Escritura tem muito a dizer sobre a ira pecaminosa, mas Meyer a atribui aos pecados de outras pessoas, e não ao coração da própria pessoa irada.
Existe uma mentalidade de vítima que aflora em todos os textos dela.

Mentalidade de Vítima

Um dos problemas mais graves com a psicoterapia moderna, tanto a secular quanto a “cristã”, é a tendência de considerar os indivíduos como vítimas e não como pecadores. Esta mentalidade de vítima está presente em todos os textos de Meyer, como neste exemplo: “Tendo sido ferida e ainda não conhecendo o modo como Deus age, acabei magoando meus próprios filhos”.(BC)
O aspecto mais perturbador e antibíblico é esse suposto elo causal entre os abusos sofridos na infância (os pecados dos outros) e os pecados que o próprio indivíduo vem a cometer mais tarde, na vida adulta. Meyer faz afirmações radicais sobre essa relação causal:
Começar a vida enraizados num sentimento de rejeição é o mesmo que ter uma rachadura no alicerce da nossa casa (AA, p. 186).
Meu único sistema de referência era o modo como fui criada. Eu tinha raízes podres, doentes e, portanto, meus frutos eram maus (AA, p. 190).
Meyer propõe uma cadeia de causalidade que atinge uma geração após a outra:
Freqüentemente, pessoas problemáticas se casam com pessoas problemáticas. Depois de destruírem uma à outra, seus problemas são transferidos aos filhos, que por sua vez se transformam na próxima geração de pessoas problemáticas e atormentadas (BC).
Se retrocedermos o suficiente ao longo dessa cadeia causal, chegaremos a Adão e Eva, que não tinham pais terrenos a quem responsabilizar – mas tentaram botar a culpa em Deus.
A teoria de Meyer sobre a ira mostra muito bem a direção em que esse caminho nos leva. A Escritura tem muito a dizer sobre a ira pecaminosa (veja, por exemplo, Provérbios 15.1, Efésios 4.25-31, Colossenses 3.8, Gálatas 5.19-20), mas Meyer a atribui aos pecados de outras pessoas, e não ao coração da própria pessoa irada:
[...] quando examinamos a questão da raiva excessiva, verificamos que sua raiz geralmente está em problemas do passado (AA, p. 143).
Pessoas que foram feridas não ficam apenas com raiva, mas muitas vezes procuram também uma compensação pelas injustiças que sofreram (AA, p. 147).
O foco nos pecados que outras pessoas cometeram no passado geralmente leva a uma ênfase na recordação desses pecados e no “tratamento” dessas lembranças.
Seguindo o raciocínio de Meyer, chegamos à conclusão de que quando uma pessoa irada procura vingança, a culpa, na verdade, é de uma outra pessoa. Rebelião, pobreza, “vício em aprovação”, incapacidade de manter bons relacionamentos, sentimentos de rejeição, auto-imagem ruim, vergonha internalizada, mas também realizações positivas,supostamente têm origem no que outras pessoas fizeram no passado:
A raiz da rebelião freqüentemente é arejeição. Pessoas rebeldes passaram pelo sofrimento de serem rejeitadas. Essas pessoas são agressivas, e sua agressividade é uma raiva interna que se manifesta como rebeldia (AA, p. 197, negrito acrescentado).
causa principal do vício em aprovação é geralmente uma ferida emocional (AA, p. 106, negrito acrescentado).
Pessoas que sofreram abusos, que foram rejeitadas ou abandonadas, geralmente são inseguras [...] esses indivíduos são dominados por sentimentos de vergonha e culpa, e têm uma auto-imagem muito ruim (BC, negrito acrescentado).
Uma vez, ouvi dizer que 75 por cento de todos os líderes mundiais sofreram abusos e experimentaram uma forte rejeição. Quando ouvi essa estatística, fiquei assombrada. Mas isso acontece simplesmente porque os indivíduos que sofreram abusos e rejeições se esforçam mais do que a maioria das pessoas para realizar alguma coisa importante, para serem aceitos (AA, p. 198).
Como Meyer pode ter certeza de que os que foram ofendidos, mas conseguiram realizar algo importante, fizeram isso para serem aceitos pelos outros?
Como Meyer pode ter certeza de que os que foram ofendidos, mas conseguiram realizar algo importante, fizeram isso para serem aceitos pelos outros? Como ela explicaria os pecados dos que não sofreram abusos graves, dos que cresceram em lares crentes, mas se desviaram? E quanto às pessoas que realizam grandes feitos, mas não foram vítimas de abusos na infância? Onde se encaixa a responsabilidade pessoal pelo pecado neste quadro em que tantos problemas da vida são atribuídos aos pecados de terceiros?

Cura das Memórias

Esse foco nos pecados que outras pessoas cometeram no passado geralmente leva a uma ênfase na recordação desses pecados e no “tratamento” dessas lembranças:
Essas pessoas [que estão sendo curadas dos abusos] precisam sair de seu estado de negação e encarar a verdade. Pode haver coisas que elas esqueceram porque eram dolorosas demais, coisas que terão que ser recordadas e enfrentadas durante o processo de cura (BC).
Um versículo bíblico é usado fora de contexto para dar apoio a essa tese:
Pessoalmente, sempre achei que o colapso emocional de minha mãe foi o resultado dos anos de abuso que ela havia sofrido e do fato de ela se recusar a enfrentar e lidar com a verdade. Lembre-se de que, em João 8.32, nosso Senhor nos disse: “e conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará” (BC, negrito no original).
Essa passagem de João é citada freqüentemente por psicólogos para justificar o tema da cura das memórias, mas a verdade, no contexto desse versículo, é o evangelho, não os fatos sobre abusos passados. Não existe nenhum lugar na Escritura que nos mande relembrar, trazer à tona ou repetir os pecados cometidos contra nós no passado para que nosso processo de santificação possa avançar.

Necessidades Não-Satisfeitas

A mentalidade de vítima também tende a enfatizar as necessidades individuais não-satisfeitas, em vez do serviço a Deus e ao próximo. Como muitos outros, Meyer alega que Deus pode preencher o vazio e satisfazer essas necessidades:
[...] se enquanto você estava crescendo não recebeu tudo o que precisava para ficar forte e saudável, Jesus terá prazer em lhe dar tudo isso agora (BC, citando Efésios 3.17, Colossenses 2.7, João 15.5).
A Bíblia nos diz que devemos colocar Deus e os outros acima de nós mesmos, às vezes deixando de lado nossas próprias necessidades e desejos, por amor ao reino de Deus.
Será que Deus supre as nossas necessidades? Claro que sim! Devemos pedir-Lhe que supra nossas necessidades legítimas, segundo Suas riquezas? Sim! Entretanto, o problema está na definição dessas necessidades quando o foco é colocado no eu – aceitação, aprovação e prazer – em vez de, por exemplo, ousadia para pregar o evangelho ou recursos para servir a Deus. Além disso, Meyer (e outros) critica os que põem suas próprias necessidades em segundo plano para servir aos outros: “Pessoas que querem agradar os outros costumam abrir mão de suas próprias necessidades legítimas regularmente, e com muita facilidade” (AA).
Negligenciar necessidades realmente legítimas (por exemplo, a saúde ou o sono) para atender a propósitos ímpios de outras pessoas e obter sua aprovação pode ser um problema. No entanto, a Bíblia nos diz que devemos colocar Deus e os outros acima de nós mesmos, às vezes deixando de lado nossas próprias necessidades e desejos, por amor ao reino de Deus. Ao longo da história (e ainda hoje), houve mártires que sacrificaram a própria vida pela fé cristã. Qual seria a reação desses santos diante do ensino psicológico de que suas “necessidades” pessoais de aceitação, aprovação e prazer são mais importantes que o evangelho?

Conclusão

Joyce Meyer tornou-se uma escritora e pregadora extremamente popular, com uma longa lista de livros publicados. Essa breve resenha de dois de seus livros (publicados com um intervalo de 11 anos) mostra que os leitores não devem presumir que Joyce Meyer é tão “ungida” ao ponto de seus ensinamentos serem infalíveis. Ao contrário, muito do que ela diz é uma repetição da psicologia popular que hoje enche as prateleiras das livrarias seculares e cristãs. (Debbie Dewart, PsychoHeresy Awareness Letter - http://www.chamada.com.br)
Debbie Dewart é advogada. Ela mantém o site www.christiandiscernment.com, que oferece material esclarecedor sobre o conflito entre os ensinos bíblicos e as teorias/os métodos da psicologia moderna.