Como viria a deixar claro a herança da Reforma Protestante, o problema de avançar pela ruptura é que a ruptura não demora a alcançar você. A sua disposição em descartar acaba ensinando ao mundo que você é descartável.
A ruptura inicial da Reforma multiplicou-se em inúmeras rupturas internas ao longo dos séculos, num processo que está longe de terminar. A experiência “protestante” fragmentou-se logo nas primeiras décadas e continua tendendo irresistivelmente à fragmentação. Se você não faz parte da subcultura pode não ter ouvido falar, mas é coisa incrivelmente comum, mesmo nos nossos dias, uma congregação se “dividir” porque seus integrantes discordam entre si sobre algum item da doutrina ou da liturgia.
Jesus, que não ignorava que romper é matar, falava precisamente sobre esse risco quando exigiu que seu discípulo recolhesse a espada: todos que lançarem mão da espada, à espada morrerão. Ou, no vocabulário de Bruce Sterling: quem nasce pela ruptura morre pela ruptura.
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