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quinta-feira, 15 de março de 2012

Felicidade Inconcebível




 O grande entrosamento de tudo para mim -

Assim foi como Edwards o explicou. Ele pregou um sermão quando ainda tinha a idade de 20 e poucos anos com o seguinte ponto central: "Os piedosos são designados para uma felicidade nunca conhecida e inconcebível". Seu texto foi 1 João3.2:"... ainda não se manifestou o que haveremos de ser".

[A] glória de Deus [não] consiste meramente na criatura perceber as perfeições de Deus: pois a criatura pode perceber o poder e sabedoria de Deus, e contudo não se deleitar, mas ter aversão a isso. Aquelas criaturas que assim fazem não glorificam a Deus. Nem a glória de Deus consiste especialmente em se falar de suas perfeições: pois palavras não têm outro valor senão expressar o sentimento da mente. Essa glória de Deus, portanto, [consiste] na criatura admirar e regozijar-se [e] exultar na manifestação de sua beleza e excelência.... A essência de glorificar ... Deus consiste, portanto, na criatura se regozijar nas manifesta¬ções de sua beleza, que é a alegria e felicidade da qual falamos. Então vemos que no fim chega a isso: o fim da criação é que Deus pode comunicar felicidade à criatura; porque se Deus criou o mundo para que possa ser glorificado na criação, ele o criou para que eles pudessem regozijar-se em sua glória: pois já mostramos que são a mesma coisa.

Este foi o grande entrosamento de tudo para mim - o descobrimento. Qual o sentido da vida? Para que era? Por que existo? Por que estou aqui? Para ser feliz? Ou para glorificar a Deus? Sem que isso fosse dito durante anos, havia em mim o sentimento de que eram duas coisas desencontradas. Ou você glorifica Deus ou você busca a felicidade. Um parecia absolutamente certo; o outro parecia absolutamente inevitável. E foi por isso que eu estava confuso e frustrado por tanto tempo.

Tornando mais complexo o problema, muitos que pareciam enfatizar a glória de Deus em seu pensamento pareciam não se deleitar muito nele. E muitos que mais pareciam deleitar-se em Deus eram deficientes em seu pensamento sobre a glória dele. Mas aqui estava a maior mente da América colonial, Jonathan Edwards, dizendo que o propósito de Deus para minha vida era que eu tivesse uma paixão pela glória de Deus e que eu tivesse uma paixão por minha alegria naquela glória, e que as duas são uma só paixão.

Quando enxerguei isso, eu vi, finalmente, o que seria uma vida desperdiçada e como evitá-la.

Deus criou-me - e criou você - para viver com uma paixão única que a tudo abarca, que a tudo transforma - a saber, uma paixão por glorificar a Deus por meio do deleitar-se nele e demonstrar sua suprema excelência em todas as esferas da vida. Deleitar e demonstrar: ambos são cruciais. Se tentarmos ostentar a excelência de Deus sem nos alegrarmos nisso, exibiremos uma casca de hipocrisia e criaremos escárnio ou legalismo. Mas se afirmamos que nos deliciamos com sua excelência e não o mostramos para que outros o vejam e admirem, enganamos a nós mesmos, porque a característica da alegria extasiada com Deus é transbordar e estender-se aos corações de outras pessoas. A vida desperdiçada é a vida sem uma paixão pela supremacia de Deus em todas as coisas para a alegria de todos os povos.

John Piper

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