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segunda-feira, 5 de março de 2012

Crentes Incrédulos - Leonard-Ravenhill



 
“A única razão de nós não termos avivamento é porque nós queremos viver sem ele!” Aquele que conseguisse levar os crentes a orar, seria quem, abaixo de Deus, produziria o maior avivamento que o mundo já viu. Ah, se os crentes pudessem estar cônscios da eternidade! Ah, se pudéssemos viver cada momento sob o olhar de Deus, se pudéssemos viver tendo sempre em mente o juízo final, e vender tudo que vendemos tendo em mente o juízo final, e fazer todas as nossas orações, dar o dízimo de tudo que possuímos, tendo em mente o juízo final.

E se nós pregadores preparássemos nossas mensagens com um olho voltado para a humanidade perdida e outro para o trono do juízo final, então experimentaríamos um avivamento operado pelo Espírito Santo que abalaria esta terra, e que em pouco tempo salvaria milhões e milhões de vidas preciosas.
Por que tarda o avivamento? A resposta é muito simples. Tarda porque os pregadores e evangelistas estão mais preocupados com dinheiro, fama e aceitação pessoal, do que em levar os perdidos ao arrependimento.

Tarda porque nossos cultos evangelísticos  parecem mais shows teatrais do que pregação do evangelho. Coitado de Deus! Ele não está recebendo muita glória! Então, por que ele ainda não cumpriu sua terrível mas bendita ameaça de que iria vomitar-nos de sua boca? Nós fracassamos; estamos impuros. Apreciamos os louvores dos homens. Buscamos nossos próprios interesses. Ó Deus, liberta-nos dessa existência egoística, egocêntrica! Dá-nos a bênção do quebrantamento! O juízo deve começar por nós, pelos pregadores! Em nossas orações ainda não resistimos até o sangue; não mesmo. Como diz Lutero, “nem ao menos fizemos suar nossa alma”.

Oramos com uma atitude tipo “o que vier está bom”. Deixamos tudo ao acaso. Nossas orações não nos custam nada. Nem mesmo demonstramos forte desejo de orar. Fica tudo na dependência de nossa disposição, e por isso oramos de forma intermitente e espasmódica. A única força diante da qual Deus se rende é a oração. Escrevemos muito sobre o poder da oração, mas ao orar não temos aquele espírito de luta. 
Nós fazemos tudo: exibimos nossos dons espirituais ou naturais; expomos nossas opiniões, políticas ou religiosas; pregamos sermões ou escrevemos livros para corrigir desvios doutrinários. Mas quem quer orar e atacar as fortalezas do inferno? Quem irá resistir ao diabo? Quem quer privar-se de alimento, descanso e lazer, para que os infernos o vejam lutando, envergonhando os demônios, libertando os cativos, esvaziando o inferno, e sofrendo as dores de parto para deixar atrás de si uma fileira de pessoas lavadas pelo sangue de Cristo?

Extraido do livro: Porque tarda o avivamento?
(Leonard Ravenhill)


CAPÍTULO OITO
Crentes Incrédulos
Qualquer dia desses uma pessoa bem simples vai pegar a Palavra de Deus, lê-la e
crer nela,
 e aí nós todos vamos ficar muito  envergonhados. É que nós adotamos a moda postura de que nossa tarefa para com a Palavra é explicá-la. Na verdade, nossa primeira atitude deve ser de crer nela (e depois obedecer).Um pensamento que me tem ocorrido com freqüência ultimamente é que existe uma grande diferença entre conhecer a Palavra de Deus e o Deus da Palavra. Não é verdade que toda vez que assistimos a um semirio de estudos bíblicos ouvimos uma repetição das mesmas velhas lições, e saímos dali sem ter aumentado nem um pouco nossa fé? É possível que Deus nunca tenha visto um grupo de crentes tão incrédulos como os desta geração. Como isso é humilhante!Se que estamos como que deslumbrados com a riqueza espiritual? Talvez sejamos como um marinheiro pobretão que cruza o Atlântico e fica alucinado, magnetizado ao pensar que ali embaixo está o navio
Lusitânia
com muita riqueza em seu bojo, que ele poderia pegar para si. O único problema são os metros e metros cúbicos de água que o separam dele. Do mesmo modo, a Bíblia, que é o talonário de cheques do crente, que lhe é dado pelo Senhor da glória, garante: “
Tudo
é vosso, e vós de Cristo, e Cristo de Deus”.Estou-me sentindo fortemente insatisfeito com a pobreza espiritual que nós, os crentes, estamos vivendo na atualidade.Quantas vezes vamos a uma reunião de oração e ouvimos um a frase tão comum: “Senhor, tu
 podes
fazer isso” (referindo-se a um determinado pedido). Mas
tal afirmação
é fé? Não; é apenas o reconhecimento da onipotência de Deus. Eu creio que o Deus vivo, o Senhor da glória pode transformar essa escrivaninha onde estou escrevendo em ouro maciço. Transformar água em vinho ou madeira

em ouro é coisa que está dentro da capacidade dele. Mas ele transformou água em vinho quando
houve necessidade disso
. Neste momento, por exemplo, um milhão de dólares me seria muito útil (e não gastaria nem um centavo para mim mesmo), nem teria do que me envergonhar “naquele dia”. Na verdade temos muita necessidade desse dinheiro. Mas afirmar que ele pode fazer a madeira se transformar em ouro
não
opera a transformação. E assim eu fico sem o dinheiro. Mas se, pela fé, eu disser: “Ele
irá
transformar essa mesa em ouro”, aí o problema estará resolvido.
Todos
nós sabemos que “o maior destes” (fé, esperança e amor)
não
é a fé. Mas por que ignorar o que é menor? Onde é que se vê a fé genuína hoje em dia? O que se vê é um mascaramento da fé. Um apelo que se ouve com freqüência é: “Cremos que Deus deseja que estendamos a transmissão de nosso programa a mais dez estações de rádio. Estamos esperando dele os fundos necessários para isso.Então, irmãos, escrevam-nos o mais breve possível”. Isso pode até ser uma afirmação de fé, só que com “indiretas”, e não é dirigida apenas para Deus. Nós, os crentes, gostamos muito de citasuperficialmente aquele versículo: “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória,  de supri
cada uma
(que palavras extraordinárias!) de vossas necessidades” (Fp 4.19). Mas será que realmente acreditamos nele?Acredito que poderíamos acrescentar um adendo ao capítulo 11 de Hebreus (sem querer com isso diminuir o valor dele) incluindo nomes como o de Hudson Taylor (fundador da Missão do Interior da China),Jorge Müller, Rees Howells, e outros que
 pela fé
realizaram grandes feitos. Nessa hora difícil que vivemos, estou ficando cansado de nossas
conversas
sobre nosso maravilhoso e poderoso Senhor,quando nós continuamos ainda terrivelmente pobres. Deus abençoa é a nossa fé, não a sabedoria, nem a personalidade. E a
honra a Deus; e Deus honra a fé. Ele vai onde a nossa fé o coloca. Num certo sentido, que creio todos podem entender, a
situa Deus aqui ou ali.Ela faz a junção da nossa impotência com a onipotência dele.A ciência já rompeu a barreira do
som
. E a sociedade que nos cerca, uma sociedade permissiva, sequiosa de prazer, clama para nós que também já rompeu a barreira do
 pecado
. Agora, vamos nós também, com a ajuda de Deus, com fé simples, firme, vamos romper a barreira da
incredulidade
. A dúvida retarda a ação da fé, e até adestrói. Mas a fé também destrói a dúvida. A verdade que a Palavra de Deus ensina não é “Tudo é possível ao que sabe
expor 
bem as Escrituras”. Nesta vida terrena, será inútil tentar definir a pessoa de


Deus, e, possivelmente, nem na eternidade conseguiremos entendê-lo, nem tampouco seus atos. Mas o que diz a Bíblia, esse Livro que é tão imutável quanto seu Autor, é: “
Tudo
é possível ao que crê”.Muitas vezes ouvimos pessoas (que se candidataram a um emprego para o qual se julgavam altamente capacitadas, e foram rejeitadas) dizerem, não sem certa amargura: “Hoje em dia o que conta não é o
que
a gente sabe, mas
quem se conhece
”. Não pretendo entrar no mérito da questão, com relação ao mundo dos negócios; mas tenho certeza de que no plano espiritual é a mais pura verdade. Os fatos que sabemos
sobre
Deus nestes dias dão para encher uma biblioteca. (Não queremos com isso depreciar o verdadeiro conhecimento, e menos ainda a sabedoria que vem lá do alto). Mas conhece
fatos
sobre Deus é uma coisa; conhecer a
Pessoa
dele é outra muito diferente. Paulo não tinha nada, e, no entanto possuía
tudo
. Que sublime paradoxo! Que abençoada pobreza! Esse grande homem era espiritualmente riquíssimo. O fato de estar edificando o reino de Cristo e de estar escrevendo os oráculos de Deus nunca lhe subiu à cabeça. E a despeito de tudo que fez, já quase ao fim de sua carreira, ele diz: “Para conhecê-lo e o poder da sua ressurreição e a comunhão dos seus sofrimentos,conformando-me com ele na sua morte” (Fp 3.10).O maior empecilho que existe para que os crentes transformem em realidade diante dos olhos do mundo as promessas de Deus é esse  nosso desprezível
ego
. Mas Paulo declara que seu antigo senhor, o ego, foi
destronado e
— o que é melhor —
foi anulado
na cruz (Gl2.20). Então Cristo pôde ser entronizado em sua vida. E para que nos purifiquemos e estejamos preparados para que ele assuma o controle é preciso que o egoísmo, a auto compaixão, a justiça própria, a auto-satisfação, a importância própria e tudo que tenha a ver com o ego sejam entregues à morte. Não importa
quem
nós somos, nem
o que nós sabemos
. O que realmente importa é
o que somos
diante do inescrutável Deus. Se desagradarmos a Deus, não importa a quem vamos agradar. E se agradarmos a ele, não importa a quem vamos desagradar. Aquilo que podemos chegar a
ser 
pela nossa união com Cristo é uma coisa; mas aquilo que
somos
é outra muito diferente.Encontro-me profundamente insatisfeito com o que sou. Se você está satisfeito, então tenha compaixão deste seu irmão mais fraco, e ore por mim.Existe um tipo de fé que é natural, intelectual e lógica; e existe também a fé que é espiritual. De que adianta pregarmos a Palavra, seno momento em que a anunciamos não temos uma fé viva para
comunicar-lhe vida? “A letra mata”. Iremos nós adicionar mais morte à morte? O maior benfeitor do homem hoje será aquele que puder trazer o inestimável poder de Deus para esse cristianismo orgulhoso e sem poder que vivenciamos hoje. A promessa de Deus ainda está de pé: “O povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e ativo” (Dn11.32). E se algum de nós conhecer a Deus, então “coitado de você,Lúcifer!”



“Enquanto a liderança espiritual não voltar a ser ocupada por homens que preferem a obscuridade, continuaremos a presenciar uma constantdeterioração da qualidade do cristianismo popular, e possi velmente chegaremos ao ponto em que o Espírito Santo, entristecido, se retirará,como a glória de Deus se apartou do templo”.
— Dr. A. W. Tozer.
“Nenhum homem é plenamente aceito enquanto não for, antes de tudo,totalmente rejeitado”.
— Autor desconhecido.
“Não me gabo de nada — a não ser da cruz de Cristo, pela qual o mundo  foi crucificado para mim e eu fui crucificado para o mundo”.
(Gl 6.14 — tradução da versão inglesa de Moffat.)
“Se eu tivesse mil cabeças preferiria que fossem todas cortadas, do que vir a retratar-me”.
— Lutero, na Dieta de Worms.
“Não temo a tirania dos homens, e muito menos as mentiras que o diabo venha a inventar contra mim”.
— João Knox, em “
 A Godly Letter 
”.
“E quanto à verdade, não podemos abandoná-la, mesmo que isso implique na perda de nossa vida, pois não vivemos para esta geração,nem para servir aos príncipes, mas para o Senhor”.
— Zuinglio.

http://pt.scribd.com/doc/6446571/POR-QUE-TARDA-O-PLENO-AVIVAMENTO-Leonard-Ravenhill#outer_page_48




2 comentários:

  1. Olá Querido Irmão!!!!

    Desejo uma semana vitoriosa em JESUS.

    Abraços
    Suely

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  2. Olá Irmão Iveraldo! Graça e Paz....

    Muito serio e atual o seu texto, eu tenho me preocupado muito com esta situação em nossa igreja, tenho lutado para levar o meu povo a um genuíno avivamento através da oração e do jejum, busco um louvor que não seja apenas hinos gospel para entreter a membresia, mas, sim, hinos de adoração e exaltação ao Senhor nosso Deus; pois tenho comprovado que a igreja deixou de ser um altar de sacrifício (Rm-12:1,2), para se tornar um palco de diversões e entretenimento para crentes e não crentes, que tem lotado as igrejas em busca de espetáculo de graça, "Ainda que algumas já estão até cobrando ingresso para permitir que assistam os seus shows Gospel", não iriam perder esta oportunidade de vender os seus produtos; mas na quele grande Dia, todos iremos dar conta das nossas obras "sejam elas boas ou más" (Tg-2). O bom Deus tenha misericórdia de nós.
    Gostei muito do texto, gostaria de posta-lo em meu humilde blog, caso o amado me permita, com os seus devidos créditos ,claro!
    Fica na Paz do Senhor.......

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