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quinta-feira, 30 de junho de 2011

O que quer dizer primeiro amor?


    

"O essencial é que o amor a Jesus ocupe o primeiro lugar em minha vida, isto é, que ocupe a posição de principal e melhor amor; importa que as prioridades estejam na ordem correta."
                                                                         
                                                                        Norbert Lieth 


O Senhor Jesus disse à igreja de Éfeso: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas” (Ap 2.4-5).
Infelizmente, essa ameaça de Jesus logo tornou-se realidade. A igreja de Éfeso, que se encontrava onde hoje é a Turquia, desapareceu e não há praticamente mais nada que a lembre. No lugar onde antes brilhava a luz do Evangelho por meio da igreja local de Éfeso hoje se proclama o islamismo. Onde antes havia o “candeeiro” da Palavra de Deus, hoje estão os minaretes das mesquitas islâmicas.
A igreja tinha abandonado o primeiro amor, não voltou a ele e isso teve conseqüências desastrosas. Mas, afinal, o que é esse primeiro amor?

O que o“primeiro amor” não é

Ele não é necessariamente o amor que tínhamos no começo de nossa vida cristã (do ponto de vista puramente temporal), quando encontramos a Jesus. O verdadeiro amor é mutável, mas não no sentido de diminuir repentinamente. Vamos ver o exemplo do casamento. Há uma fase inicial de “paixão”, e uma fase posterior de “amor”. Na hora da “paixão”, os sentimentos têm um papel muito forte. Mais tarde essa agitação emocional diminui, mesmo que o amor não tenha diminuído; ele apenas ficou mais constante, afeiçoado e fiel. No começo, o coração bate forte quando abrimos uma carta da pessoa por quem nos apaixonamos. Depois de vinte anos de casamento, provavelmente não sentimos mais tanta emoção quando recebemos um cartão ou uma carta do cônjuge, mesmo que o amor seja muito grande. Isso significa que o amor verdadeiro é mais do que um simples sentimento, que tem papel tão importante quando alguém se apaixona. Depois que a relação se consolida e alguns anos de casamento se passam, o amor de um pelo outro não depende mais só dos sentimentos, mas fica mais constante e profundo.

A igreja de Éfeso, que se encontrava onde hoje é a Turquia, desapareceu e não há praticamente mais nada que a lembre.
Podemos comparar a “paixão” a um motor que é ligado: ele precisa da ignição antes de funcionar. Depois, porém, ele continua funcionando de forma constante, sem que a ignição tenha de ser constantemente acionada. O carro está andando, e nós ficamos satisfeitos em seguir adiante, em direção ao objetivo desejado. Isso ilustra o amor permanente.
Na verdade, é perfeitamente normal que depois de alguns anos seguindo a Jesus, um filho de Deus não tenha mais o mesmo sentimento ou a mesma emoção do início de sua vida cristã. Mas isso não significa necessariamente que agora amemos menos a Jesus do que logo depois da conversão. Podemos estar no primeiro amor mesmo sem essas emoções que nos assaltam.

O que é o“primeiro amor”

Em minha opinião, a expressão “primeiro amor” não se refere tanto à característica temporal, e, sim, muito mais à característica qualitativa, à importância. O essencial é que o amor a Jesus ocupe o primeiro lugar em minha vida, isto é, que ocupe a posição de principal e melhor amor; importa que as prioridades estejam na ordem correta.
Quando um marido passa a colocar os esportes, a televisão ou seu hobby à frente de sua esposa com o passar dos anos (mesmo que lhe seja fiel, que ainda goste muito dela, que não consiga mais imaginar sua vida sem ela e que ela continue cuidando dele o tempo todo), então ele abandonou o seu primeiro amor em relação a ela.

Quando um marido passa a colocar os esportes, a televisão ou seu hobby à frente de sua esposa, então ele abandonou o seu primeiro amor em relação a ela.
Quando a paixão e a devoção a Jesus diminuem, o primeiro amor por Ele já foi abandonado. Esse principal e melhor amor não pode ser substituído por perfeccionismo, nem por esforços e perseverança, nem evitando maus pensamentos e ações. Revelar o mal, trabalhar e sofrer para o Senhor também não resolve. Isso tudo é bom e necessário, afinal, o próprio Senhor reconhece que são atitudes elogiáveis (Ap 2.2-3); mas elas também podem partir de um hábito puramente mecânico, e ficar engessadas em formalismo e tradicionalismo.
Por ocasião de seu jubileu de ouro no serviço militar, Paul von Hindenburg (1847-1934) [que mais tarde foi presidente da Alemanha], recebeu altas honrarias. Sua resposta foi modesta: “À guerra, o espírito – ao rei, o coração – à pátria, o sangue – a Deus, a honra!” Mas Deus quer nosso amor inteiro e completo, sem dividi-lo com ninguém (Mt 22.37). Nosso espírito, nosso coração e nosso sangue pertencem somente a Ele. O Senhor não quer somente a honra, mas toda a devoção dos que que se voltam para Ele em amor.

O amor verdadeiro é mais do que um simples sentimento, que tem um papel tão importante na paixão.
Em muitas igrejas tudo corre conforme os padrões bíblicos, e não há nada que se possa dizer contra elas. Ainda assim, falta o primeiro amor ao Senhor, pois a vida estruturada da igreja assumiu o lugar de Jesus Cristo. O Senhor Jesus sempre deve estar em primeiro lugar. Esse primeiro amor a Ele é que deve impulsionar o que fazemos por Ele, e não o contrário. Penso que era isso que Jesus estava querendo dizer aos cristãos da igreja em Éfeso: para eles, agir em nome do Senhor vinha antes, e o amor profundo a Jesus estava só em segundo lugar; a rotina descompromissada tinha passado acima da vida espiritual.


Leia mais...
http://www.chamada.com.br/mensagens/primeiro_amor.html

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Salmo 121





1 . Olho para os montes e pergunto: “De onde virá o meu socorro?”
2.O meu socorro vem do SENHOR Deus, que fez o céu e a terra.
3.Ele, o seu protetor, está sempre alerta e não deixará que você caia.
4.O protetor do povo de Israel nunca dorme, nem cochila.
5.O SENHOR guardará você; ele está sempre ao seu lado para protegê-lo.
6.O sol não lhe fará mal de dia, nem a lua, de noite.
7.O SENHOR guardará você de todo perigo; ele protegerá a sua vida.
8.Ele o guardará quando você for e quando voltar, agora e sempre.

Nova tradução na linguagem de hoje ( NTLH )
http://www.bibliapedia.com.br/ntlh/salmos/121/

terça-feira, 28 de junho de 2011

A Oração muda as Coisas? - R. C. Sproul




 “O homem descobre a verdadeira condição de sua vida espiritual quando se examina em particular, quando está a sós com Deus!” ele continua dizendo, que a oração: “ é a mais elevada atividade da alma humana e, portanto, é ao mesmo tempo a prova suprema da verdadeira condição espiritual do homem”.  M Lloyd-Jones


• Ensinaram-nos que a oração muda as coisas, em vista da soberania de Deus, qual é o papel da oração na vida cristã?


Antes de qualquer outra coisa, precisamos estabelecer que é a soberania de Deus que não somente nos convida, mas nos ordena a orar. Oração é um dever, e quando cumprimos esse dever, uma coisa certamente será mudada, e essa coisa somos nós. Viver uma vida de oração é viver uma vida de obediência a Deus.

Também precisamos entender que existe mais na oração do que intercessão e súplica. Quando os discípulos disseram a Jesus "Senhor, ensina-nos a orar" (Lc 11.1), viram uma ligação entre o poder de Jesus e o impacto do seu ministério e o tempo que ele passava em oração. Obviamente, o Filho de Deus sentiu que a oração era uma iniciativa valiosa pois ele se entregava a ela profunda e apaixonadamente. Mas fiquei surpreso de que ele tenha respondido a pergunta dizendo: ''Quando orardes, dizei:", e lhes deu a Oração Dominical. Eu esperaria que Jesus respondesse aquela pergunta de maneira diferente: "Vocês querem saber como orar? Leiam os Salmos", porque ali encontramos orações inspiradas. O próprio Espírito que nos ajuda a orar inspirou as orações que estão registradas nos Salmos. Quando leio os Salmos, leio intercessão e leio súplica, mas, predominantemente o que leio é uma preocupação com adoração, com ação de graças e com confis¬são. Tome esses elementos da oração, e o que acontece com a pessoa que aprende a adorar a Deus? Essa pessoa é transformada. O que acontece com a pessoa que aprende a expressar sua gratidão a Deus? Essa pessoa ficará cada vez mais consciente da mão da Providência em sua vida, e crescerá em seu senso da gratidão a Deus. O que acontece com a pessoa que gasta tempo confessando o seu pecado a Deus? Ela mantém diante de seus olhos a santidade de Deus, e a necessidade de prestar contas a ele continuamente.

Mas os nossos pedidos podem mudar o plano soberano de Deus? Sem dúvida não. Quando Deus declara soberanamente que fará alguma coisa, nem todas as orações do mundo irão mudar a mente de Deus. Mas Deus não apenas ordena os fins, mas também ordena os meios para alcançar os fins, e parte do processo que ele usa para realizar sua vontade soberana são as oracões de seu novo. Portanto, devemos orar.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

A oração abre as portas dos céus



Para que o reino espiritual seja aberto em nossas vidas, o caminho a ser percorrido é através da oração, pois ela nos leva ao mundo espiritual, e Deus nos mostra as diretrizes para que sejamos vencedores frente ao complô satânico que luta ferozmente para nos parar e nos frear. Por isso, devemos treinar o nosso espírito de maneira que ele permaneça ligado ao Trono de Deus 24 horas por dia.
No episódio da ressurreição de Lázaro, Jesus orou em voz alta para que todos entendessem que tudo é movido por oração e que todas as coisas acontecem sob o Seu comando. Mas, Ele tinha uma vida regada a oração e jejum. Tudo só começa a acontecer, de fato, a partir do momento em que a oração passa a ser um estilo de vida. É o ato profético que concretiza as bênçãos do céu para nós.
A oração não ameniza um problema, ela o resolve, porque é um diálogo com Aquele que tudo pode. Não existe um filho que chegue diante do Pai, e, pedindo de acordo com Sua palavra, fique sem uma resposta que encha o seu coração de alegria (ainda que não seja o que está esperando).
A oração move o braço de Deus
Deus gosta de responder oração e, digo com convicção, tudo o que tenho e sou é por efeito da oração, e tudo na nossa história de vida é resultado dela. As pessoas que vemos hoje na Igreja são fruto de muitas orações, ou seja, alguém pagou um preço de oração por cada uma delas. Isso porque toda a oração tem resposta, se não a limitarmos ou colocarmos bloqueios nela, já que qualquer oração feita com fé será prontamente respondida.
O sucesso de um líder está na oração, que é a chave que move o braço dAquele que rege o Universo, Jesus. Através da oração, o Senhor abre portas e caminhos ao Seu povo. Deus diz: “...eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo” (Isaías 43:19). O ermo é um lugar deserto e que não tem um caminho específico para se seguir. É aí que Ele abrirá o caminho para que possamos encontrar a rota certa.
Ao sair do Egito, o povo de Deus não tinha para onde correr: de um lado estava o deserto; atrás havia o exército de Faraó; do outro lado, as montanhas; na frente, o mar. E o que fez Deus? Abriu um caminho no meio do mar. O inimigo quis se aproveitar do caminho do povo de Deus, mas foi tragado.
Mortificando a carne pela oração
Qual a oração que tem efeito? Digo que é aquela pela qual se chega adequadamente diante do Senhor. A pessoa deve ter o coração quebrantado, sincero e disposto, além da essência da fé. É aí que verificamos o quanto precisamos aprender a “morrer” diariamente para a nossa carne, nossas vontades. Quanto mais morremos na carne, nas nossas vontades, Deus começa a operar. Quanto mais perto de Deus você estiver, mais humilde ficará, porque verá o quanto Ele é Santo, e você, pecador e necessitado dEle.
A oração que toca o coração de Deus é aquela na qual o homem deixa-se morrer. Aquele que ama a Deus não vive na prática do pecado e, sim, para Deus em santidade.
A carne deve estar subjugada ao Espírito, pois, para o cristão, o Espírito é senhor e a carne é serva. Você não deve ser o que deseja sua carne, e, sim, o que o Espírito quer, pois este manda na carne. É assim que se vence a carne: através do Espírito que nos vivifica. “Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis” (Romanos 8:13).
Deus ouve o coração quebrantado
Algumas pessoas oram por um propósito e, caso Deus lhes dê outra direção, não aceitam. Não sabemos se a resposta que Deus nos dará é a que queremos ouvir, mas devemos estar dispostos a obedecer.
Devemos ter a certeza de que toda e qualquer situação poderá ser revertida pela oração. A oração do justo é poderosa nos seus resultados. Se você é justo e ora, o resultado será poderoso. “Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” (Tiago 5:16)
Uma pessoa pode receber a resposta que deseja lutando por ela na força do próprio braço e, ao consegui-la, descobrir que não era o melhor. Todavia, se sua causa for apresentada diante do tribunal de Deus, deixe Ele decidir o que é melhor para a sua vida, ainda que você não entenda tal decisão. Saiba que Deus não é surdo. Ele ouve suas orações, e, no momento certo, as responderá. “Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, E os seus ouvidos atentos às suas orações” (I Pedro 3:12a). Lembre-se do que Jesus disse: Pai, tu sempre me ouves (João 11:42).
Ninguém nunca se encherá totalmente de oração, mas ela enche taças e taças diante de Deus. “E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.” (Apocalipse 5:8). Na hora que você precisar,
Ele mesmo derramará as respostas das taças de intercessões que você colocou diante do Seu trono, e, então, você será poderosamente abençoado. A oração é algo que nos traz segurança, pois Deus tem prazer em respondê-la. Quanto mais ligado ao Trono, mais resposta você terá (Daniel 1:4).
A oração, além de abrir caminhos no sobrenatural, nos ensina a ser verdadeiros, sinceros. Certo dia, Davi encontrou-se numa situação em que seu conceito com Deus estava em baixa e, para o homem que foi considerado segundo o coração de Deus, faltou até destreza para orar. Ele ficou sem ação para buscar ao Senhor. Davi aprendeu a rota da adoração após perder muitos privilégios com Deus e só conseguiu obtê-los de volta, creditados em sua oração, quando se humilhou.
Deus ouve o coração quebrantado. Você pode fazer a oração que quiser, contudo, se não tiver quebrantamento, não terá resposta! O homem que desejar atrair a glória de Deus para si necessita de um coração quebrantado. Veja como Davi se expressa no Salmo 86:
“Inclina, Senhor, os teus ouvidos, e ouve-me, porque sou pobre e necessitado. Preserva a minha vida, pois sou piedoso; ó Deus meu, salva o teu servo, que em ti confia. Compadece-te de mim, ó Senhor, pois a ti clamo o dia todo. Alegra a alma do teu servo, pois a ti, Senhor, elevo a minha alma.   Porque tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para com todos os que te invocam. Dá ouvidos, Senhor, à minha oração, e atende à voz das minhas súplicas. No dia da minha angústia clamo a ti, porque tu me respondes. Entre os deuses nenhum há semelhante a ti, Senhor, nem há obras como as tuas. Todas as nações que fizeste virão e se prostrarão diante de ti, Senhor, e glorificarão o teu nome. Ensina-me, Senhor, o teu caminho, e andarei na tua verdade; dispõe o meu coração para temer o teu nome. Louvar-te-ei, Senhor Deus meu, de todo o meu coração, e glorificarei o teu nome para sempre. Pois grande é a tua benignidade para comigo, e livraste a minha alma das profundezas do Seol. Pois grande é a tua benignidade para comigo, e livraste a minha alma das profundezas do Seol. Ó Deus, os soberbos têm-se levantado contra mim, e um bando de homens violentos procura tirar-me a vida; eles não te puseram diante dos seus olhos. Mas tu, Senhor, és um Deus compassivo e benigno, longânimo, e abundante em graça e em fidelidade. Volta-te para mim, e compadece-te de mim; dá a tua força ao teu servo, e a salva o filho da tua serva. Mostra-me um sinal do teu favor, para que o vejam aqueles que me odeiam, e sejam envergonhados, por me haveres tu, Senhor, ajuntado e confortado”.
A oração é um caminho construído à base de intimidade com Deus. É como se fosse um casamento onde o diálogo é uma poderosa ferramenta para a sua sobrevivência. Com Deus, deve existir um diálogo de sinceridade, humildade e quebrantamento.
Que você se disponha a construir um caminho de intimidade com o Pai, crendo que através da sua oração, portas de bênçãos se abrem para todas  as áreas da sua vida.

domingo, 26 de junho de 2011

"Senhor, ensina-nos a orar"




Os discípulos de Jesus tinham crescido numa cultura que dava grande importância à oração. Eles deveriam estar familiarizados com as muitas orações registradas no Velho Testamento; talvez tivessem memorizado algumas delas. Sem dúvida, tinham ouvido os pais devotos orar, e podemos ter certeza de que, nas sinagogas ou nas esquinas das ruas, tinham ouvido os fariseus orando. Entretanto, quando ouviram Jesus orar, reconheceram uma nova dimensão na comunicação com Deus.

"De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos" (Lucas 11:1).

Muitos fatos importantes são entendidos neste pedido:

Primeiro, os discípulos viam em Jesus o valor da oração. Eles viam como ele orava freqüentemente, não porque tinha chegado certa "hora de oração", mas por causa de seu senso de necessidades. Sem dúvida, eles já tinham visto o que foi tão claramente demonstrado mais tarde no jardim: a força que ele ganhava com a oração. Eles queriam saber como aproveitar essa fonte de força e receber os benefícios que estavam tão obviamente disponíveis para ele na oração.

Segundo, eles reconheciam o valor da instrução. Poderia se supor que qualquer um que crê em Deus deveria ser capaz de falar com ele fácil e naturalmente. Contudo, é aparente, mesmo ao observador casual, que alguns oram melhor do que outros e que o ensinamento é útil neste assunto importante. João tinha ensinado seus discípulos a orar e os discípulos do Senhor sentiam como eram inadequados e como tinham necessidade da ajuda dele.

Finalmente, eles identificaram Jesus como o melhor mestre possível. E não era de se admirar! Ele conhecia o Pai melhor do que qualquer outro o conheceu. Tendo existido "em forma de Deus" e tendo se esvaziado, "assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens", ele entendia mais plenamente do que qualquer outro homem a fraqueza da humanidade e a necessidade de assistência divina. E, melhor do que qualquer mero humano, ele entendia a sabedoria de Deus para saber o que é melhor para o homem, o poder de Deus para dá-lo, e o amor de Deus que está disposto a ouvir os apelos de seus filhos. Ele sabia o que tinha acontecido no céu, em resposta às orações de homens como Moisés e Daniel. Quem melhor poderia ensinar os discípulos a orar? Quem pode ensinar-nos melhor?

Jesus nos ensina o que a oração é. Muitos pensam que ela seja uma simples lista de coisas que queremos que Deus nos dê ou serviços que queremos que ele nos preste. Alguns vão um pouquinho mais longe para incluir os agradecimentos. "Súplicas com ações de graças"(Filipenses 4:6) são apropriadas à oração, mas estas somente não são suficientes para definir a oração. Este entendimento inadequado do que a oração é pode bem explicar por que gastamos tão pouco tempo em oração; não leva muito tempo para recitarmos nossa lista de carências e talvez menos tempo para listar as coisas pelas quais somos gratos. Quando Jesus passou noites inteiras em oração, não foi porque ele tinha uma lista de coisas tão grande pelas quais pedir ou dar graças. Foi porque ele estava falando com seu Pai e com seu mais íntimo amigo. É isto que a oração é: falar com Deus, falando nossos pensamentos a ele como faríamos a um amigo. Quem entre nós sente que aprendeu fazer isto como Jesus fazia? Temos esperança de que cada leitor deste artigo sinta a mesma necessidade das instruções do Senhor que os primeiros discípulos sentiam.



Por Sewell Hall
http://www.estudosdabiblia.net/200017.htm

sábado, 25 de junho de 2011

O Poder da Oração



A fé pode remover montanhas

"Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus; porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele. Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco" (Mc 11.22-24).
Os membros de uma pequena igreja nas montanhas de Great Smoky (EUA) construíram um novo prédio em um terreno que haviam recebido por doação. Dez dias antes da inauguração, o inspetor de obras da localidade informou ao pastor que o estacionamento era insuficiente para o tamanho do prédio. Se a igreja não dobrasse o tamanho do estacionamento, não poderia usar o salão. Infelizmente, a igreja já havia ocupado cada polegada do escasso terreno, com exceção da colina que ficava atrás do prédio. Para criar mais vagas no estacionamento, seria necessário remover a colina. Na manhã do domingo seguinte o pastor anunciou corajosamente que à noite queria reunir-se com todos os membros da igreja que tivessem "fé para remover montanhas". Eles teriam uma noite de oração para pedir a Deus que removesse a colina e providenciasse o dinheiro suficiente para asfaltar o estacionamento antes da inauguração no domingo seguinte. No horário combinado reuniram-se para orar 24 dos 300 membros da igreja. Eles oraram durante cerca de três horas. Às 22 horas o pastor disse o último "Amém". "Conforme está planejado, inauguraremos o salão no próximo domingo", garantiu ele. "Deus nunca nos abandonou, e creio que também desta vez Ele será fiel".
Na manhã seguinte, quando estava trabalhando em seu gabinete, alguém bateu com força na porta. Ao responder "entre!", apareceu um empreiteiro de aspecto rude, que tirou seu capacete. "Desculpe, pastor, sou da empreiteira de obras da localidade vizinha. Estamos construindo um enorme centro de compras e precisamos de terra. O senhor estaria disposto a nos vender uma parte da colina que fica atrás da igreja? Nós pagaremos a terra que tirarmos e asfaltaremos gratuitamente o espaço vazio, desde que possamos dispor da terra imediatamente. Não podemos continuar com a construção do shopping antes que a terra esteja depositada no local e suficientemente compactada".
O novo salão foi inaugurado no domingo seguinte como tinha sido planejado, e no evento de abertura estavam presentes muito mais membros "com fé para remover montanhas" do que na semana anterior.
Seja sincero: você teria participado daquela reunião de oração? Algumas pessoas dizem que a fé é produzida pelos milagres. Mas outras sabem: milagres resultam da fé! (Die Wegweisung 5/99)

O Poder da Oração

Recentemente recebemos uma carta de uma leitora que mostra quão maravilhosas experiências é possível fazer com o Senhor pela fé. Por isso reproduzimos alguns trechos da carta:
Há poucas semanas ouvimos pelo rádio a notícia de que, devido à ameaça de inundação, deveríamos tirar nossos automóveis da garagem subterrânea. Uma barragem havia se rompido durante a noite, e às 6 horas da manhã a água havia chegado até nosso bairro. Em nossa casa reuniram-se 10 mulheres e imploraram ao Senhor para que Ele, em Sua onipotência, detivesse as águas. Oramos por cerca de 15 minutos. Depois olhamos pela janela para ver até que altura a água já havia chegado. Ela tinha alcançado nosso terreno, mas não o inundou. Aleluia! Alguém informou que a água havia parado de subir nos últimos 15 minutos. Vale a pena orar!
Depois distribuímos sanduíches aos trabalhadores encarregados dos reparos, entregamos folhetos a eles e louvamos ao Senhor! (C. B.)


Publicamos estes dois exemplos para animar nossos leitores a uma vida de fé e oração! (Norbert Lieth - http://www.apaz.com.br)

Todo Dia Com Jesus







1 Tessalonicenses 2:1-12


Os ultrajes e os maus-tratos padecidos por Paulo e Silas em Filipos (Atos 16:12-40), longe de desanimá-los, os impulsionaram a anunciar o Evangelho com ousadia. A furiosa reação do adversário provava precisamente que o trabalho deles não tinha sido em vão (v. 1). Ademais, eles não fizeram uso de nenhum dos métodos habituais da propaganda humana: sedução, fraude, bajulações e desejo de agradar; como escreveu o apóstolo aos coríntios: "... em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus" (2 Coríntios 2:17). Com muita freqüência, hoje em dia, o Evangelho é apresentado sob um aspecto atraente e sentimental ou como o complemento de uma obra social. O ministério de Paulo tampouco foi inspirado por um dos três grandes motivos da atividade humana: busca de glória pessoal, satisfação da carne e aquisição material. Pelo contrário, os sofrimentos do apóstolo testificavam completo desinteresse pessoal (ver Atos 20:35). Dois sentimentos o animavam: a contínua preocupação de agradar a Deus (v. 4) e o amor por aqueles que se tinham tornado "seus filhos". Como uma mãe, ele lhes havia alimentado e cuidado com ternura (v. 7). Como um pai, ele os exortava, consolava e ensinava a andar (vv. 11-12). Mas antes de tudo queria que eles tivessem plena consciência de suas relações com Deus. Que posição a deles... e a nossa! Deus nos chama nada menos que para Seu próprio reino e glória.


http://www.ajesus.com.br/todo_dia_com_jesus/novotestamento396.html

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Confiança inabalável em Jesus



"Respondeu-lhe Simão: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes" (Lc 5.5). Pedro superou todas as objeções humanas, todos os argumentos racionais, e até sua própria experiência, dizendo: "...mas sob a tua palavra lançarei as redes."Existem milhares de argumentos, sentimentos, razões e conselhos humanos que poderiam nos deter, que nos dizem que basta, que nos aconselham a não lançar as redes e a ficarmos acomodados. Podemos pensar: não faz sentido continuar orando por esta ou aquela pessoa, – pois parece que sua vida fica cada vez pior! Mas, apesar de tudo, há um argumento decisivo para avançar e tentar alcançar ainda mais pessoas, e este argumento é a Palavra de Deus – que nos ordena que devemos ir. Jesus prometeu: "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto... pregai o evangelho a toda criatura... E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século" (Mt 28.18-19; Mc 16.15; Mt 28.20). "Porque a Tua palavra o diz, Senhor, eu oro. Sob a Tua palavra, eu vou, pois não tenho outra coisa em que possa confiar. Pessoas nos decepcionam, mas sob as ordens da Tua palavra eu obedeço e vou!"
Pedro ousou confiar na palavra de Jesus. Ele lançou as redes e não se arrependeu: "Isto fazendo, apanharam grande quantidade de peixes; e rompiam-se-lhes as redes... Disse Jesus a Simão: Não temas; doravante serás pescador de homens" (Lc 5.6 e 10).
Até que amadureça em um coração a firme convicção de não mais olhar para a esquerda ou para a direita, mas de simplesmente agir sob a palavra de Jesus, é preciso ter fé. Deus não apela às nossas emoções, nem à nossa imaginação, Ele apela à nossa vontade. A respeito disso li recentemente:
"Eu gostaria" – "Logo farei" – "Estou fazendo"
Essas três expressões representam três tipos de pessoas. Não é difícil adivinhar para quem valem as promessas divinas e quem será bem-sucedido em sua vida de fé.
"Eu gostaria" – Quem se expressa assim, mostra saber que sua vida não está em ordem, demonstra que tem anseios de viver "outra vida", gostaria de deixar de lado todas as dúvidas e inverdades, mas não consegue tomar uma decisão clara. Tais pessoas não querem realmente. Elas ficam desejando mudar sem conseguir sair de sua situação.
"Logo farei" – Há o reconhecimento de que não se pode continuar do mesmo modo, é preciso deixar a indefinição de lado, toma-se uma decisão – mas ela fica para depois. Não se ousa executá-la, procura-se uma maior certeza. Tais pessoas "consolam" a si mesmas e às outras com promessas, mas não avançam, e finalmente são infelizes por não alcançarem o objetivo.
Ao contrário, quem diz "estou fazendo" não fica só nos desejos e anseios, mas toma uma decisão firme e dá passos concretos.
Foi o que Pedro fez quando Jesus colocou-o diante da decisão. Primeiro ele pronunciou o grande "mas" de sua vida, porém, depois foi: "...mas sob a tua palavra lançarei as redes." Milhões de pessoas já seguiram as ordens de Jesus – quanto antes nós também o fizermos corajosamente, tanto antes Ele poderá receber-nos em Sua comunhão e usar-nos em Seu serviço.
Jesus espera por estas duas pequenas palavras em nossa vida – agora e sempre: "estou fazendo..."
Tornemo-nos pessoas que, "sob a Sua palavra", deixam-se chamar para a amplitude e a profundeza das possibilidades de Deus! Somente quando damos passos firmes "sob a Sua palavra" tornamo-nos verdadeiramente pescadores de homens!
Um pescador...
Um pescador conhece os peixes
Ele sabe em que águas se encontram, ele conhece seus hábitos, ele sabe onde se escondem. Alguns se encontram em águas profundas, outros em águas rasas. Alguns nadam sozinhos, outros em cardumes.
Um pescador conhece as épocas
Ele sabe quando é hora de sair para a pesca e quando deve esperar. Nem toda hora é hora de pescar. Há horários em que é inútil lançar a rede. Há horários em que os peixes vêm por si mesmos. Por isso o pescador precisa saber e observar a hora certa para pescar.
Um pescador conhece os seus instrumentos de trabalho
Existem diferentes maneiras de pescar, que exigem apetrechos diferentes. Para certos tipos de peixes usa-se o caniço, enquanto outros são pescados com redes. Um pescador decide se vai levar o anzol ou o arpão para pescar. E ele sabe lidar com todos estes apetrechos e instrumentos.
Um pescador não deve ser visto
Ele não deve chamar a atenção. Ele não faz barulho ou movimentos bruscos. Ele não agita a água. Nem a sua sombra deve projetar-se na água. Um pescador não deve expor-se em seu trabalho. O importante não é o próprio pescador, mas o que ele faz. (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)
Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, agosto de 2000.



http://www.chamada.com.br/mensagens/redes.html

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A Alma Católica dos Evangélicos no Brasil



Augustus Nicodemus Lopes
Segunda-feira, 20 de Novembro de 2006.


"Temos de trazer cativo a Cristo todo pensamento e não somente os nossos pecados."


Os evangélicos no Brasil nunca conseguiram se livrar totalmente da influência do Catolicismo Romano. Por séculos, o Catolicismo formou a mentalidade brasileira, a sua maneira de ver o mundo ("cosmovisão"). O crescimento do número de evangélicos no Brasil é cada vez maior – segundo o IBGE, seremos 40 milhões esse ano de 2006 – mas há várias evidências de que boa parte dos evangélicos não tem conseguido se livrar da herança católica.
É um fato que conversão verdadeira (arrependimento e fé) implica numa mudança espiritual e moral, mas não significa necessariamente uma mudança na maneira como a pessoa vê o mundo. Alguém pode ter sido regenerado pelo Espírito e ainda continuar, por um tempo, a enxergar as coisas com os pressupostos antigos. É o caso dos crentes de Corinto, por exemplo. Alguns deles haviam sido impuros, idólatras, adúlteros, efeminados, sodomitas, ladrões, avarentos, bêbados, maldizentes e roubadores. Todavia, haviam sido lavados, santificados e justificados "em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus" (1Co 6:9-11) sem que isso significasse que uma mudança completa de mentalidade houvesse ocorrido com eles. Na primeira carta que lhes escreve, Paulo revela duas áreas em que eles continuavam a agir como pagãos: na maneira grega dicotômica de ver o mundo dividido em matéria e espírito (que dificultava a aceitação entre eles das relações sexuais no casamento e a ressurreição física dos mortos – capítulos 7 e 15) e o culto à personalidade mantido para com os filósofos gregos (que logo os levou à formar partidos na igreja em torno de Paulo, Pedro, Apolo e mesmo o próprio Cristo – capítulos 1 a 4). Eles eram cristãos, mas com a alma grega pagã.

Da mesma forma, creio que grande parte dos evangélicos no Brasil tem a alma católica. Antes de passar às argumentações, preciso esclarecer um ponto. Todas as tendências que eu identifico entre os evangélicos como sendo herança católica, no fundo, antes de serem católicas, são realmente tendências da nossa natureza humana decaída, corrompida e manchada pelo pecado, que se manifestam em todos os lugares, em todos os sistemas e não somente no Catolicismo. Como disse o reformado R. Hooykas, famoso historiador da ciência, “no fundo, somos todos romanos” (Philosophia Liberta, 1957). Todavia, alguns sistemas são mais vulneráveis a essas tendências e as absorveram mais que outros, como penso que é o caso com o Catolicismo no Brasil. E que tendências são essas?

1) O gosto por bispos e apóstolos – Na Igreja Católica, o sistema papal impõe a autoridade de um único homem sobre todo o povo. A distinção entre clérigos (padres, bispos, cardeais e o papa) e leigos (o povo comum) coloca os sacerdotes católicos em um nível acima das pessoas normais, como se fossem revestidos de uma autoridade, um carisma, uma espiritualidade inacessível, que provoca a admiração e o espanto da gente comum, infundindo respeito e veneração. Há um gosto na alma brasileira por bispos, catedrais, pompas, rituais. Só assim consigo entender a aceitação generalizada por parte dos próprios evangélicos de bispos e apóstolos auto-nomeados, mesmo após Lutero ter rasgado a bula papal que o excomungava e queimá-la na fogueira. A doutrina reformada do sacerdócio universal dos crentes e a abolição da distinção entre clérigos e leigos ainda não permearam a cosmovisão dos evangélicos no Brasil, com poucas exceções.

2) A idéia que pastores são mediadores entre Deus e os homens – No Catolicismo, a Igreja é mediadora entre Deus e os homens e transmite a graça divina mediante os sacramentos, as indulgências, as orações. Os sacerdotes católicos são vistos como aqueles através de quem essa graça é concedida, pois são eles que, com as suas palavras, transformam, na Missa, o pão e o vinho no corpo e no sangue de Cristo; que aplicam a água benta no batismo para remissão de pecados; que ouvem a confissão do povo e pronunciam o perdão de pecados. Essa mentalidade de mediação humana passou para os evangélicos, com algumas poucas mudanças. Até nas igrejas chamadas históricas os crentes brasileiros agem como se a oração do pastor fosse mais poderosa do que a deles, e que os pastores funcionam como mediadores entre eles e os favores divinos. Esse ranço do Catolicismo vem sendo cada vez mais explorado por setores neopentecostais do evangelicalismo, a julgar por práticas já assimiladas como “a oração dos 318 homens de Deus”, “a prece poderosa do bispo tal”, “a oração da irmã fulana, que é profetisa”, etc.

3) O misticismo supersticioso no apego a objetos sagrados – O Catolicismo no Brasil, por sua vez influenciado pelas religiões afro-brasileiras, semeou misticismo e superstição durante séculos na alma brasileira: milagres de santos, uso de relíquias, aparições de Cristo e de Maria, objetos ungidos e santificados, água benta, entre outros. Hoje, há um crescimento espantoso entre setores evangélicos do uso de copo d’água, rosa ungida, sal grosso, pulseiras abençoadas, pentes santos do kit de beleza da rainha Ester, peças de roupa de entes queridos, oração no monte, no vale; óleos de oliveiras de Jerusalém, água do Jordão, sal do Vale do Sal, trombetas de Gideão (distribuídas em profusão), o cajado de Moisés... é infindável e sem limites a imaginação dos líderes e a credulidade do povo. Esse fenômeno só pode se explicado, ao meu ver, por um gosto intrínseco pelo misticismo impresso na alma católica dos evangélicos.

4) A separação entre sagrado e profano – No centro do pensamento católico existe a distinção entre natureza e graça idealizada e defendida por Tomás de Aquino, um dos mais importantes teólogos da Igreja Católica. Na prática, isso significou a aceitação de duas realidades co-existentes, antagônicas e freqüentemente irreconciliáveis: o sagrado, substanciado na Santa Igreja, e o profano, que é tudo o mais no mundo lá fora. Os brasileiros aprenderam durante séculos a não misturar as coisas: sagrado é aquilo que a gente vai fazer na Igreja: assistir Missa e se confessar. O profano – meu trabalho, meus estudos, as ciências – permanece intocado pelos pressupostos cristãos, separado de forma estanque. É a mesma atitude dos evangélicos. Falta-nos uma mentalidade que integre a fé às demais áreas da vida, conforme a visão bíblica de que tudo é sagrado. Por exemplo, na área da educação, temos por séculos deixado que a mentalidade humanista secularizada, permeada de pressupostos anticristãos, eduque os nossos filhos, do ensino fundamental até o superior, com algumas exceções. Em outros países os evangélicos têm tido mais sucesso em manter instituições de ensino que além de serem tão competentes como as outras, oferecem uma visão de mundo, de ciência, de tecnologia e da história oriunda de pressupostos cristãos. Numa cultura permeada pela idéia de que o sagrado e profano, a religião e o mundo, são dois reinos distintos e frequentemente antagônicos, não há como uma visão integral surgir e prevalecer a não ser por uma profunda reforma de mentalidade entre os evangélicos.

5) Somente pecados sexuais são realmente graves
 – A distinção entre pecados mortais e veniais feita pelo romanismo católico vem permeando a ética brasileira há séculos. Segundo essa distinção, pecados considerados mortais privam a alma da graça salvadora e condenam ao inferno, enquanto que os veniais, como o nome já indica, são mais leves e merecem somente castigos temporais. A nossa cultura se encarregou de preencher as listas dos mortais e dos veniais. Dessa forma, enquanto se pode aceitar a “mentirinha”, o jeitinho, o tirar vantagem, a maledicência, etc., o adultério se tornou imperdoável. Lula foi reeleito cercado de acusações de corrupção. Mas, se tivesse ocorrido uma denúncia de escândalo sexual, tenho dúvidas de que teria sido reeleito, ou que teria sido reeleito por uma margem tão grande. Nas igrejas evangélicas – onde se sabe pela Bíblia que todo pecado é odioso e que quem guarda toda a lei de Deus e quebra um só mandamento é culpado de todos – é raro que alguém seja disciplinado, corrigido, admoestado, destituído ou despojado por pecados como mentira, preguiça, orgulho, vaidade, maledicência, entre outros. As disciplinas eclesiásticas acontecem via de regra por pecados de natureza sexual, como adultério, prostituição, fornicação, adição à pornografia, homossexualismo, etc., embora até mesmo esses estão sendo cada vez mais aceitáveis aos olhos evangélicos. Mais um resquício de catolicismo na alma dos evangélicos?
O que é mais surpreendente é que os evangélicos no Brasil estão entre os mais anti-católicos do mundo. Só para ilustrar (e sem entrar no mérito dessa polêmica) o Brasil é um dos poucos países onde convertidos do catolicismo são rebatizados nas igrejas evangélicas. O anti-catolicismo brasileiro, todavia, se concentrou apenas na questão das imagens e de Maria, e em questões éticas como não fumar, não beber e não dançar. Não foi e não é profundo o suficiente para fazer uma crítica mais completa de outros pontos que, por anos, vêm moldando a mentalidade do brasileiro, como mencionei acima. Além de uma conversão dos ídolos e de Maria a Cristo, os brasileiros evangélicos precisam de conversão na mentalidade, na maneira de ver o mundo. Temos de trazer cativo a Cristo todo pensamento e não somente os nossos pecados. Nossa cosmovisão precisa também de conversão (2Co 10:4-5).

Quando vejo o retorno de grandes massas ditas evangélicas às práticas medievais católicas de usar no culto a Deus objetos ungidos e consagrados, procurando para si bispos e apóstolos, imersas em práticas supersticiosas, me pergunto se, ao final das contas, o neopentecostalismo brasileiro não é, na verdade, um filho da Igreja Católica medieval, uma forma de neo-catolicismo tardio que surge e cresce em nosso país onde até os evangélicos têm alma católica.

Vaso nas mãos do oleiro...





"Não desanime se o Oleiro estiver trabalhando no seu vaso. Glorifique o nome dEle. Saiba que quanto mais molhado o barro estiver, mais fácil e menos dolorido será Seu trabalho."
                                                   
                                                                     Pra. Thaís Itaborahy

Pois Deus disse: das trevas resplandecerá a luz, é quem brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos porém este tesouro em vaso de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. II Co 6 :7

É através do Espírito da verdade que somos convencidos do pecado, da justiça e do juízo de Deus. Aquilo antes era trevas em nós ao encontrar-se com a luz de Cristo, é iluminado, tornando-se em luz.
Deus disse: Das trevas brilhará a luz.

Antes da eternidade Deus já tinha algo específico para sua vida. Seu dias foram todos escritos em seu livro, segundo relatos dos salmos davídicos. Um dia a graça de Deus te encontrou e os olhos do seu coração puderam entender mediante o Espírito Santo que te convenceu a respeito do grande amor de Deus. Cristo agora faz parte da sua vida. Na face de Cristo podemos ver o amor de Deus sendo manisfestado a todos os homens. Em Jesus fomos feitos participantes da Glória Eterna do Pai, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo.

O mundo das trevas pelo qual esse mundo é regido não tem mais domínio você que nasceu de Deus. Seremos tentados a pecar, porém os verdadeiros filhos de Deus não vivem mas na prática constante do pecado. I Jo 3:8.

Agora te pergunto – Porque as vezes nos sentimos tão fortes a ponto de enfrentarmos sozinhos um grande exército e algumas vezes ficamos com medo até de uma pequena formiga? Pode um servo de Deus vigilante sentir-se assim?

As grandezas da Glória de Deus que nos foram reveladas mediante a Jesus se encontram localizadas no nosso espirito. É o nosso espírito que se comunica com Deus, pois Deus é espírito. Esse espírito habita em um corpo constituído por carne e osso e que também possui alma, onde estão localizados os sentimentos humanos. Como somos feitos de barro, o trabalhar do oleiro se torna mais fácil se nos encontrarmos em forma de vasos molhados, principalmente nos barros que ainda são movéis. Outros vasos são facilmente endurecidos pelo conhecimento e sua auto suficiência. Por isso Deus permite que muitas vezes venhamos a ser abatidos no vaso, para que nunca nos esqueçamos de que a glória é de Deus. Deus usa os barros e os molda conforme sua vontade para cada um de nós. Usa nos de acordo com o seu querer. No entando somos barros e nunca deixaremos de ser.
Devemos sempre nos manter na total dependência de Jesus, que nos enviou o Espírito Santo para caminhar conosco e nos ajudar todos os dias da nossa peregrinação pela terra.

Sejamos pois vasos de barro, sempre prontos a obedecer a voz de Deus e sua direção para nossa vida, sabendo que através da nossa mortificação diária para o pecado, estamos sendo preparados para mostrar a vida para aqueles que ainda estão em trevas. II Co 4:12

Não desanime se o Oleiro estiver trabalhando no seu vaso. Glorifique o nome dEle. Saiba que quanto mais molhado o barro estiver, mais fácil e menos dolorido será Seu trabalho.

Portanto, chore aos pés de Jesus e nunca desista do seu chamado, trazer a luz de Cristo para um mundo de trevas. Mt 28:19

Deus abençoe sua vida, obrigada por participar deste blog e continue orando por mim…

Que a graça e a paz de Jesus esteja sobre todos nós, amém.

Pra. Thaís Itaborahy
pra.thaisitaborahy@gmail.com
                                                             Pra. Thaís Itaborahy