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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A Perseverança dos Santos - R. C. Sproul


A Perseverança dos Santos 


Jo 6.35-40; Rm 8.31-39; Fp 1.6; 2 Ts 2.14-19; Hb 9.11-15


A maioria de nós conhece pessoas que fizeram uma profissão de fé em Cristo e que provavelmente tiveram uma forte manifestação de fé, envolvendo-se ativamente na vida e no ministério da Igreja, e que mais tarde repudiaram a fé e se tornaram "afastados" espirituais. Tais evidências sempre suscitam a pergunta: pode uma pessoa, uma vez salva, perder a salvação? A apostasia é um presente e claro perigo para o crente?
A igreja Católica Romana ensina que as pessoas podem perder e perdem a sua salvação. Se cometem um pecado mortal, tal pecado mata a graça da justificação que habita sua alma. Se a pessoa morre antes de ser restaurada ao estado de graça por meio do sacramento e penitência, irá para o inferno.
Muitos protestantes também  crêem que é possível alguém perder a salvação. As advertências de Hebreus 6  e a preocupação de Paulo sobre tornar-se "desqualificado" (1 Co 9.27), bem como os exemplos do rei Saul e outros, tudo isso tem levado à conclusão de que as pessoas podem cair total e definitivamente da graça. A teologia reformada, por outro lado, ensina a doutrina da perseverança dos santos, a qual às vezes é chamada também a doutrina da "segurança eterna". Em essência, essa doutrina ensina que se você possui a fé salvadora, nunca irá perdê-la; se você a perde, é porque nunca teve. Conforme João escreve:"Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós."(1 Jo 2.19).
Sabemos que é possível as pessoas ficarem enamoradas de certos elementos do cristianismo sem jamais abraçar o próprio Jesus Cristo.Um jovem pode ser atraído a uma divertida e estimulante reunião de jovens na igreja, com uma atraente programação. Ele pode se "converter" à programação da igreja sem se converter a Jesus Cristo. Tal pessoa pode ser como aquelas ilustradas na parábola do semeador .
"Um semeador saiu a semear a sua semente e, quando semeava, caiu alguma junto do caminho, e foi pisada, e as aves do céu a comeram; E outra caiu sobre pedra e, nascida, secou-se, pois que não tinha umidade;  E outra caiu entre espinhos e crescendo com ela os espinhos, a sufocaram; E outra caiu em boa terra, e, nascida, produziu fruto, a cento por um. Dizendo ele estas coisas, clamava: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça." Lc 8.5-8
A parábola pode referir-se àquelas pessoas que a principio crêem, mas depois fracassam, ou pode significar que os que "creram" tinham uma fé falsa ou espúria[não genuína], como a teologia reformada afirma. Só a semente que cai na terra boa pode produzir frutos de obediência. Jesus descreve tais pessoas como as que ouvem a palavra "de bom e reto coração" (Lc 8.15). Essa fé procede de uma coração verdadeiramente regenerado.
A doutrina da preservação não se baseia em nossa capacidade para perseverança, mesmo sendo regenerados. Pelo contrário, descansa na promessa de Deus de nos preservar. Paulo escreve aos Filipenses: "Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;" (Fp 1.6).  É pela graça, e tão-somente pela graça, que o cristão persevera. Deus termina o que começa.Ele assegura que seus propósitos na eleição não serão frustrados.
O texto áureo de Romanos 8 fornece um testemunho adicional desta esperança: "E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou." (Rm 8.30).Paulo prossegue e declara que nada "nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." (Rm 8.39).
Temos segurança porque a salvação é do Senhor e somos feitura sua. Ela dá o Espírito Santo a todo crente como uma garantia de que completará o que começou. Semelhantemente, Deus selou todo crente com o Espírito Santo. Ele nos marcou de maneira indelével e nos deu um pagamento antecipado ou sinal que garante que concluirá a transação.
Uma base final de confiança se encontra na obra sacerdotal de Cristo, que  intercede por nós. Assim como Jesus orou pela restauração de Pedro (e não pela da Judas), ele também ora pela nossa restauração quando tropeçamos e caímos. Podemos permanecer caídos por algum tempo, mas nunca total ou definitivamente. Jesus orou no Cenáculo :"Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse." (Jo 17.12). Somente Judas Iscariotes, que era filho da perdição desde o princípio, cuja profissão de fé oi espúria, se perdeu. Aqueles que são verdadeiramente crentes não podem ser arrebatados das mãos de Deus.
"As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, eninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um."(Jo 10.27-30).
Sumário
1. Muitas pessoas fazem uma profissão de fé em Jesus Cristo e depois o repudiam.
2.  A perseverança dos santos nas promessas de Deus de preservar os santos.
3. Deus completará a salvação dos eleitos.
4. Aqueles que se desviam da fé nunca foram verdadeiramente crentes.
5. Podemos ter certeza de nossa salvação porque fomos selados com o Espírito Santo. Ele é a garantia de Deus de que nossa salvação será completada.
6. A intercessão de Cristo visa nossa preservação.
Autor:  R. C. Sproul
Fonte: 2º Caderno Verdades Essenciais da Fé Cristã – R.C.Sproul. Editora Cultura Cristã. Compre este Livro em http://www.cep.org.br



http://sites.google.com/site/estudosbiblicossolascriptura/Home/8-a-salvacao/8-a-salvacao---pagina-04


A Perseverança dos Santos
por
Bíblia de Estudo de Genebra

Romanos 8:30: “E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou”.

Ao declarar-se a eterna segurança do povo de Deus, talvez seja mais claro falar de sua preservação que – como se costuma fazer – de sua perseverança. Perseverança significa contínuo apego a uma crença apesar do desencorajamento da oposição. A razão por que os crentes perseveram na fé e na obediência, contundo, não está na força de sua própria dedicação, mas em que Jesus Cristo, através do Espírito Santo, os preserva.
João nos diz que Jesus Cristo se comprometeu com o Pai (Jo 6.37-40) e diretamente com seu povo (Jo 10.28-29), no sentido de guardá-lo, de modo que esse povo nunca perecerá. Na sua oração por seus discípulos, depois de terminar a Última Ceia, Jesus pediu que aqueles que o Pai lhe tinha dado (Jo 17.2, 6, 9, 24) fossem preservados para a glória. Cristo continua a interceder por seu povo (Rm 8.34; Hb 7.25), e é inconcebível que sua oração em favor deles fique sem resposta.
Paulo celebra a presente e futura segurança dos santos no amor onipotente de Deus (Rm 8.31-39). Ele se regozija na certeza de que Deus completará a boa obra que começou na vida dos crentes (Fp 1.6; conforme 1Co 1.8-9; 1Ts 5.23-24, 2Ts 3.3; 2Tm 1.12; 4.18).
Confissão de Westminster diz:
“Os que Deus aceitou em seu Bem-amado, eficazmente chamados e santificados pelo seu Espírito, não podem cair do estado de graça, nem total nem finalmente; mas, com toda certeza, hão de perseverar nesse estado até o fim e estarão eternamente salvos” (XVII.1).
Os regenerados são salvos perseverando na fé e na vida cristã até o fim (Hb 3.6; 6.11; 10.35-39), como Deus os preserva. Esta doutrina não significa que todos aqueles que já professaram ser cristãos serão salvos. Os que tentam viver a vida cristã baseados em sua própria capacidade decairão (Mt 13.20-22). A falsa profissão de fé por parte de muitos que dizem a Deus “Senhor, Senhor” não será reconhecida (Mt 7.21-23). Os que buscam a santidade do coração e o amor ao próximo e, assim, mostram terem sido regenerados por Deus, adquirem o direito de se considerarem crentes seguros em Cristo. A crença na perseverança propriamente entendida não nos leva a uma vida descuidada e à presunção arrogante.
Os regenerados podem mostrar-se relapsos e cair em pecado. Quando isso ocorre, eles se opõe à sua nova natureza e o Espírito Santo os convence do seu pecado (conforme Jo 16.8) e os compele a arrepender-se e a serem restaurados à sua condição de justificados. Quando os crentes regenerados mostram o desejo humilde e grato de agradar a Deus, que os salvou, o reconhecimento de que Deus se comprometeu a guardá-los salvos para sempre aumenta esse desejo.


Fonte: Bíblia de Estudo de Genebra, Nota Teológica, página 1331.

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Um comentário:

  1. Graça e paz, mue irmão!! passei para lhe desejar uma bela semana. Deixo pra sua meditação 2Ts 2:17 - 3:5,16

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