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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A cruz e o Espírito Santo- Watchman Nee








Extraído do Livro " O Homem Espiritual"

Muitos crentes, senão a maioria deles, não foram cheios do Espírito Santo no momento em que acreditaram no Senhor. E o que é ainda pior, depois de muitos anos de terem crido, continuam presos nas redes do pecado e ainda são cristãos carnais. Nas páginas que seguem, tudo o que tentamos explicar sobre como se pode libertar um cristão de sua carne está apoiado na experiência dos crentes de Corinto e também na de muitos crentes parecidos de todas partes.
Além disso, não desejamos dar a entender que um cristão deve primeiro acreditar na obra substitutiva da cruz e posteriormente acreditar em sua obra identificativa. Não é verdade, entretanto, que muitos, no princípio não têm uma revelação clara em relação à cruz? O que receberam é só a metade de toda a verdade, e por isso têm que receber a outra metade em um período posterior.
Mas, se o leitor já aceitou a obra completa da cruz, o que vai encontrar aqui não lhe interessará muito. Mas se, como a maioria de crentes, também acreditou unicamente na metade de toda a verdade, então lhe é indispensável o resto. Mesmo assim, queremos seriamente que nossos leitores saibam que não é necessário aceitar as duas faces da obra da cruz em separado; a segunda aceitação só é necessária para quem recebeu a primeira de maneira incompleta.

A libertação da cruz
Em sua carta aos Gálatas, depois de enumerar muitos atos da carne, o apóstolo Paulo adverte que «os que pertencem a Jesus Cristo crucificaram a carne com suas paixões e desejos» (Gl. 5:24). Eis aqui a libertação. Não é estranho que o que interessa ao crente difere muito do que interessa a Deus? O crente está interessado nas «obras da carne» (Gl. 5:19), quer dizer, nos pecados variados da carne. Está ocupado com a irritação de hoje, o ciúmes de amanhã ou a disputa de depois de amanhã. O crente se lamenta por um pecado em particular e deseja conseguir a vitória sobre ele. Entretanto, todos estes pecados só são frutos da mesma árvore. Enquanto se agarra uma fruta (em realidade não se pode agarrar nenhuma) aparece outra. Crescem uma atrás de outra e não dão nenhuma possibilidade de vitória. Por outro lado, Deus não está interessado nas obras da carne mas sim na crucificação da carne.

«E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.» (Gl. 5:24).

Se tivessem arrancado a árvore haveria alguma necessidade de temer que desse fruto?
O crente trabalha ativamente fazendo planos para controlar os pecados, que são as frutas, enquanto se esquece de tratar a própria carne — que é a raiz —. Não é estranho que antes de que possa resolver um só pecado já surgiu outro. Por isso hoje devemos tratar a origem do pecado.
Os recém-nascidos em Cristo precisam se apropriar do profundo significado da cruz porque ainda são carnais. O objetivo de Deus é crucificar junto com Cristo o velho homem do crente, com o resultado de que os que pertencem a Cristo «crucificaram a carne com suas paixões e desejos».
Tenham presente que o que foi crucificado é a carne junto com suas poderosas paixões e desejos.
Posto que o pecador foi regenerado e redimido de seus pecados por meio da cruz, agora o menino carnal em Cristo deve ser libertado do domínio da carne pela mesma cruz para que possa andar segundo o espírito e já não segundo a carne. Depois disto não passará muito tempo antes de que seja um cristão espiritual.
Aqui encontramos o contraste entre a queda do homem e a ação da cruz. A salvação que proporciona esta é justamente o remédio para aquela. Que adequação tão perfeita entre as duas!
Primeiro Cristo morreu na cruz pelo pecador para perdoar seu pecado. Portanto, o Deus santo podia perdoá-lo com justiça. Mas a seguir está o fato de que o pecador também morreu na cruz com Cristo para que não possa ser controlado mais por sua carne. Só isto pode fazer que o espírito do homem recupere seu próprio domínio, que o corpo seja seu servidor externo e que a alma seja sua intermediária. Desta forma, o espírito, a alma e o corpo são restaurados a sua posição original anterior à queda. Se ignoramos o significado da morte que descrevemos, não seremos libertados. Que o Espírito Santo seja nosso Revelador!
«Os que pertencem a Cristo Jesus» se refere a todo crente no Senhor. Todos os que creram nEle e nasceram de novo lhe pertencem. O fator decisivo é se se esteve unido a Ele na vida, não se se é espiritual ou se se trabalhar para o Senhor, nem se se conseguiu libertação do pecado; venceram-se as paixões e desejos da carne e agora se é plenamente santificado. Em outras palavras, a pergunta só pode ser: foi-se regenerado, ou não? acreditou-se no Senhor Jesus como Salvador, ou não? Se for sim, não importa o estado espiritual atual — em vitória ou em derrota —, crucificou-se a carne».
O assunto que temos adiante não é moral, nem é coisa da vida, conhecimento ou obras espirituais. Simplesmente é se se é do Senhor. Se for assim, então já se crucificou a carne na cruz. Está claro que isto significa, não que alguém vai crucificar, nem que está no processo de crucificação, mas sim que já crucificou.



Leia o artigo completo: http://filhovarao.blogspot.com/2010/01/cruz-e-o-espirito-santo-watchman-nee.html

Um comentário:

  1. Paz!
    Maravilhosa essa passagem, de certo que o nascido de novo ja está crucificado com Cristo,foi como escreveu Paulo...ja não sou eu quem vive, Cristo vive em mim...
    Quão duras são as verdades, temos muito que aprender e viver Cristo em nós...
    Fica na paz do Senhor irmão!!

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